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Há 35 anos, Lula recebia prêmio de Direitos Humanos da Áustria
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O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política

Carlos Mazza política

Há 35 anos, Lula recebia prêmio de Direitos Humanos da Áustria

Junto com a homenagem, o petista recebeu um prêmio no valor de cinco mil dólares
Prêmio é concedido desde os anos 1970 pela Fundação Bruno Kreisky, da Áustria (Foto: Reprodução/O POVO)
Foto: Reprodução/O POVO Prêmio é concedido desde os anos 1970 pela Fundação Bruno Kreisky, da Áustria

Há 35 anos, no dia 22 de novembro de 1984, o então sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva recebia na Áustria o prêmio Bruno Kreisky de Serviços aos Direitos Humanos, principal e mais tradicional premiação do tema no país europeu.

Junto com a homenagem, o petista recebeu um prêmio no valor de cinco mil dólares. Na cerimônia, foi destacado o papel de Lula, como líder sindical e co-fundador do Partido dos Trabalhadores, no combate à repressão política dos últimos anos da ditadura brasileira.

Além de Lula, outras treze pessoas receberam o prêmio, criado nos anos 1970 pela Fundação Bruno Kreisky, ex-chanceler da Áustria. Confira reportagem do O POVO de 22 de novembro de 1984 sobre o evento:

Áustria dá prêmio a Lula

Viena – Quatorze grupos e pessoas da América Latina, Estados Unidos e Oriente Médio, entre elas o sindicalista brasileiro Luís Inácio da Silva, Lula, receberam, ontem, prêmios da Fundação Bruno Kreisky, da Áustria, por seu trabalho em favor do respeito aos direitos humanos.

A fundação foi criada pela Municipalidade de Viena, com o apoio do Banco Nacional austríaco e de organizações sindicais e patronais quando Kreisky, ex-chanceler austríaco, completou 65 anos. Os dois principais prêmios equivalentes cada um a 15 mil dólares foram entregues ao Comitê Austríaco de Ajuda à Nicarágua e outro grupo de caráter beneficente, também da Áustria.

Marianela García Villas, presidente da Comissão de Direitos Humanos de El Salvador, que foi morta aos 34 anos, recebeu uma distinção em caráter póstumo, com um prêmio equivalente a cinco mil dólares.

Outros prêmios de cinco mil dólares foram atribuídos a Lula, co-fundador do Partido do Trabalhador, ao Vicariato da Solidariedade chilena e à advogada guatemalteca Yolanda Urizar, atualmente recolhida a um cárcere militar.

Também foram premiados o sindicalista turco Muzaffer Sarac, o arcebispo norte-americano Raymond Hunbthause, que propugna pelo desarmamento, e Aloni Shulamith, que procura uma aproximação entre árabes e judeus. Uma organização de cientistas norte-americanos foi premiada com 10 mil dólares.

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