O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
A Polícia Civil do Ceará instaurou nesta terça-feira, 25, investigação para apurar caso de ameaça e suposto vazamento de dados contra um homem que criticou movimento de paralisação de policiais militares (PMs) do Estado nas redes sociais.
As ameaças começaram a ser enviadas à vítima após um comentário feito em uma notícia do O POVO no Instagram. Nas mensagens, ela afirma que o movimento é ilegal e defende que agentes amotinados sejam punidos conforme previsão legal. Em uma das respostas, uma mulher chega a divulgar informações pessoais da vítima, incluindo o endereço.
Fonte ouvida pelo O POVO confirmou que a investigação apura inclusive se a informação teria sido objeto de vazamento do sistema de informações da segurança pública do Estado. Nesse caso, além do crime de ameaça, o autor dos comentários ficaria sujeito também ao crime de violação de sigilo funcional, com pena de seis a dois anos de detenção.
O POVO entrou em contato com a vítima das ameaças, que não terá o nome divulgado. O homem afirma que, logo após os comentários, recebeu mensagens diretas do perfil oficial do secretário de Segurança Pública do Ceará, delegado André Costa, que o orientou a registrar Boletim de Ocorrência e afirmou que o caso teria “pronta investigação”.
Depois das publicações, a vítima chegou inclusive a receber, por mensagem privada, uma foto da rua onde mora. “Fiz uma resposta que teve muita repercussão. Fui até ingênuo, nesse sentido, porque estava respondendo muitos dos comentários me atacando. Mas, depois, me assustei”, diz a vítima, que confirmou ter registrado Boletim de Ocorrência (B.O) na manhã desta terça-feira, 25.
Em nota, a Polícia Civil confirmou abertura da investigação. “A vítima, cuja identidade é preservada, relatou que, além de ter um dos endereços onde morou expostos em comentários que alertavam para o cuidado com o que postava, recebeu por mensagem privada uma foto da rua do endereço relatado. A Polícia Civil investiga o caso no intuito de identificar todos que expuseram o endereço ou ameaçaram a vítima”, afirma.
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