O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
O jornalista Carlos Mazza já foi repórter de Política, repórter investigativo, coordenou o núcleo de jornalismo de dados do O POVO e atualmente é colunista de Política
Ex-presidente do Senado e membro vogal da Comissão Executiva Nacional do MDB, o ex-senador Eunício Oliveira (CE) prega que o partido não ocupe cargos no governo Jair Bolsonaro. Nas últimas semanas, o presidente tem se aproximado de partidos do chamado Centrão, abrindo espaço para indicações inclusive de emedebistas.
“Estou do lado dos que não querem cargo no governo. Eu tenho dito isso ao presidente do partido (Baleia Rossi, deputado por São Paulo), que nós devemos apoiar todas as medidas de recuperação da economia, mas tem toma lá, dá cá. O MDB já se desgastou demais com isso”.
Fala contraria líderes do MDB no Nordeste, como os deputados Hildo Rocha (MA) e Isnaldo Bulhões Jr (AL), que defendem espaços para a sigla na gestão federal. Historicamente alinhado com todos os governos desde a redemocratização, o MDB vive hoje conflito interno entre os que desejam adesão a Bolsonaro e os que defendem uma independência para “renovar” a imagem da sigla.
“O governo tem que prestigiar os interesses parlamentares em função dos interesses dos estados e dos municípios. Agora, cargo? Cargo não vale absolutamente nada, só para os caras fazerem algum tipo de bobagem, de atendimento ali, e depois quem acaba responsabilizado é o partido”, diz Eunício, que segue influente no partido mesmo após perder a reeleição em 2018.
Atualmente sem linha fechada com relação ao presidente, o MDB tem hoje dois dos principais articuladores de Bolsonaro no Congresso, o senador Fernando Bezerra (PE) e o deputado Eduardo Gomes (TO).
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