Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Unifor e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da equipe de reportagem do Anuário Ceará e da editoria de Economia do O POVO. Atualmente é Editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO
Por Luiz Otávio Goi Jr, especialista em sustentabilidade corporativa e ESG
Assim como em todas as grandes ondas que surgem no mercado e que envolvem desempenho empresarial ou social, aparecem diversos contrapontos que buscam apresentar teses que desacreditam o tema que até então era considerado unanime. Assim é com o ESG.
Por mais que seja um ponto pacifico entendermos que cuidar do meio ambiente é necessário, surgem a cada dia novas teorias que tentam ludibriar o entendimento cientifico quanto ao aquecimento global e outras questões críticas que batem a nossa porta.
O ESG que decolou no momento mais crítico da pandemia do covid-19, principalmente pela exposição social gerada nos momentos de maior crise, passa por um momento de exposição e recebe bombardeios frequentes, onde muitas pessoas criam teorias que têm o intuito de reduzir a importância do tema. Esse processo é comum do ser humano, principalmente daquele que tem maior dificuldade de enxergar o novo e prefere sempre lidar com aquilo com o qual esteve sempre adaptado.
O fato importante é que de qualquer forma o ESG veio para ficar e com isso, goste você ou não, ele vai impactar direta ou indiretamente a sua vida e vou lhe apresentar alguns exemplos disso:
Para o investidor, as empresas que estão nas carteiras ESG são menos voláteis e apresentam menos riscos de queda brusca de mercado. Isso ocorre, porque empresas que têm estratégias ESG, realizam um inventário de riscos mais robusto e, com isso, evitam ocorrências críticas nos aspectos ambientais, sociais e de governança. Além disso, para uma empresa participar de uma carteira ESG ela precisa passar por avaliações criteriosas e, com isso, automaticamente existe uma avaliação mais complexa para garantir sua presença nessa carteira, trazendo ao investidor maior confiança.
Entendendo o grande impacto no mercado dos aspectos ESG, os conselhos das grandes corporações entenderam a importância desse tema e com isso, já estabeleceram metas voltadas a isso para seus executivos. Com isso, se você é executivo de alguma empresa, se prepare, já que sua remuneração pode variar de acordo com o seu envolvimento e resultados ligados ao ESG na sua empresa.
No caso do consumidor o ESG também tem uma grande importância. Seja por você ter a consciência tranquila em comprar um produto que não é testado em animais, ou que não gera impacto no meio ambiente, ou até mesmo por comprar de uma empresa que você terá menos risco em um futuro próximo, de descobrir que tem alguma substância em seus produtos que podem gerar riscos aos seus clientes. Pode parecer coisa de filme, mas é uma realidade comum.
Empresas que estão sempre conectadas às suas agendas ESG procuram sempre se antecipar aos riscos e com isso seus produtos são muito mais seguros.
Nesse caso, você só tem a ganhar com empresas que tem uma agenda ESG ativa. Isso porque empresas responsáveis tem escuta proativa aos seus stakeholders e evitam ao máximo gerar impacto a estes. As empresas que estão mais ligadas ao tema, já começam a se preocupar mais com a comunidade onde ela está instalada e isso faz com que o desenvolvimento local ocorra de forma sustentável.
Como podemos ver, lidar com o ESG é muito mais complexo do que lidar somente com uma moda ou ativismo. O assunto veio para ficar e transformará pouco a pouco a forma de extrair, produzir, consumir e investir. Aqueles que já se adaptarem a essa mudança, estarão a frente e poderão obter os maiores benefícios dessa quebra de paradigma e aqueles que permanecerem buscando formas de desqualificar a importância desse tema, amargarão no futuro o custo de ter parado no tempo.
Ôpa! Tenho mais informações pra você. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.
