Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Unifor e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da equipe de reportagem do Anuário Ceará e da editoria de Economia do O POVO. Atualmente é Editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO
Março é mês de reflexão sobre as desigualdades do mercado de trabalho em relação às mulheres. É tempo de propagar as boas práticas e planejar o trabalho árduo que deve olhar diariamente para a mulher
Na primeira coluna deste mês vamos abordar questões sociais e de governança, dentro da tríplice do ASG (Ambiental, Social e Governança), relacionadas às empresas e às mulheres. E para comunicar as boas iniciativas empresariais destacamos as mulheres que ocupam cargos representativos nas respectivas entidades e mostram que lugar de mulher é onde ela quiser!
De acordo com o último levantamento do IBGE, apresentado pelo Dieese, são 47,9 milhões de mulheres no mercado de trabalho. No Ceará, 1, 5 milhão estão ocupadas; 158 mil desocupadas e 2,2 milhões estão fora da força de trabalho, sendo 9,4% a taxa de desocupação. Em geral elas ganham 18% menos que os homens.
E 67% recebem até um salário-mínimo, média maior que a nacional que é de 43%. Estamos longe de uma equidade de gênero também no mercado de trabalho, mas tudo o que foi feito até hoje foi válido e precisamos seguir firmes, fortes e resilientes na luta diária, não apenas em março!
Lugar delas
Atenta a equidade no mercado de trabalho, a Ambiental Ceará tem 40% da diretoria ocupada por mulheres. A empresa faz parte da Aegea que tem como meta aumentar a representatividade feminina em cargos de liderança, saindo de 32% para 45% até 2030.
“Somos comprometidos com a diversidade. Acreditamos que a força da mulher é estratégica em nossa atividade. Temos o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) como fator relevante na atividade do saneamento e a mulher está diretamente envolvida, em seu dia a dia, com o tripé da saúde, educação e renda, especialmente, quando cuida de sua família”, destaca a diretora de relações institucionais da Ambiental Ceará, Águeda Muniz.
Desenvolvimento social
O Instituto Aço Cearense (IAC) informa que em 2022 investiumensalmente R$ 376 mil em ações realizadas nas 34 instituições atendidas, no Ceará, Pará e Tocantins, o que totalizou 294.313 beneficiários impactados diretamente.
Rosemeire Matos, presidente do IAC destaca que o principal foco é apoiar iniciativas de instituições sociais, fortalecendo o engajamento das pessoas em ações que contribuem para o crescimento delas e das comunidades onde vivem.
“Desde a fundação, há 13 anos, o Instituto já investiu mais de R$ 28,5 milhões em 252 Instituições, totalizando mais de 454 mil pessoas beneficiadas nos três estados, o que reforça seu compromisso em busca de criar um ambiente que opere de acordo com as boas práticas ambientais, sociais e de governança. E em 2023 ainda vem muita coisa boa por aí, novas parcerias e mudanças que irão impactar a realidade de muitas pessoas”.
+ Tecnologia
Para propor uma maior relação entre as mulheres e a tecnologia, o Mercado Livre lança mais uma edição nacional do Conectadas, programa gratuito que promove uma imersão digital de meninas em temas tecnológicos.
A ideia é ensinar programação para mulheres em situação de vulnerabilidade social e econômica, o Conectadas já permitiu que mais de 2.589 jovens mergulhassem no universo da tecnologia. No Ceará, 11 meninas passaram pelo programa em 2022 e ao todo, foram 108 em todo Nordeste. Helza Aragão, moradora de Caucaia é uma das embaixadoras do programa.
“Como empresa de tecnologia, temos exercitado cada vez mais como podemos democratizar oportunidades por meio da educação, sobretudo em um segmento onde as mulheres ainda são minoria. Dados da Unesco revelam que, aos 15 anos, apenas 0,5% das mulheres no mundo todo buscam se tornar profissionais de ciência e tecnologia, contra 5% dos homens”, afirma Laura Motta, gerente sênior de Sustentabilidade do Mercado Livre no Brasil.
Período de inscrição: até 07/04/2023 Pré-requisitos: jovens de 16 a 18 anos que se identificam com o gênero feminino (cis, trans e travestis) Formato: 100% online Investimento: gratuito Inscrições: https://reprograma.typeform.com/to/hGYntgRN
Cuidado com elas
A Diageo Brasil é presidida por uma mulher, Paula Lindenberg, há 18 meses. No Brasil, mais de 50% das cadeiras de diretoria e vice-presidência são ocupadas por mulheres. Globalmente, a companhia possui equidade de gênero também no Conselho Global.
Além de políticas internas para esse público como licença maternidade estendida; Assistência Financeira para Adoção; e diretrizes globais sobre abuso doméstico e familiar, identidade e expressão de gênero, Transição de Gênero, menopausa, perda de gestação, entre outros a Diageo vem trabalhar forte com o público feminino em geral.
O Movimento Bares Sem Assédio tem o compromisso de treinar, este anos, profissionais de mais de 4 mil bares em prol da segurança da mulher. A iniciativa foi criado após uma pesquisa da marca Johnnie Walker e do Instituto Diageo que apontou que 66% das mulheres já sofreram assédio em bares e restaurantes. E 78% de funcionárias desses locais terem sido vítimas de assédio enquanto trabalhavam.
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