Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Universidade de Fortaleza (Unifor) e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da editoria de Economia e foi editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO. Atualmente cursa dois MBA em ESG - Trevisan e Faculdade CDL
Nesta semana, o Ceará avança mais alguns degraus na formatação do ecossistema de impacto estadual, com a posse do Comitê Estadual de Negócios de impacto do Ceará (Ceni), no dia 26 de março, 14h, no Palácio da Abolição.
A entidade está atrelada ao Sistema Nacional de Economia de Impacto (Simpacto) lançado no ano passado, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), para promover a
economia de impacto e enfrentar desafios socioambientais.
Toda articulação de políticas públicas estaduais para fomentar a economia de impacto no Estado está sendo tratada pela Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) e pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE). Na ocasião, Lucas Ramalho, diretor de Novas Economias da Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria (SEV/Mdic) estará presente.
Ramalho divulgou no último dia 19, em São Paulo, no Impacta Mais, o Cadastro Nacional de Empreendimentos de Impacto (Cadimpacto), plataforma que mapeia e dá visibilidade a empresas que combinam resultado financeiro com impacto social e ambiental positivo.
O Ceará também criou, por meio da criação coletiva da Coalizão Pelo Impacto Fortaleza, uma plataforma, o Impacta Ceará, com a mesma finalidade, que será lançada ainda no primeiro semestre de 2025.
No Fórum Econômico de Impacto, em São Paulo, o painel “As partes e o todo – Como avançar juntos o Ecossistema de impacto” contou com as participações de Adreas Ufer, sócio fundador do Sense Lab; Jana Borghi, empreendedora social da Casa Sete, no Pará, e Andreia Cardoso, diretora-executiva da Somos
Um.
A mediação foi da diretora de programas do ICE, Fernanda Bombardi, que destacou que é preciso que os atores do ecossistema de impacto tenham causas e propósitos em conjunto e trabalhem de forma colaborativa para vencer os desafios.
Na discussão ficou clara a necessidade de eliminar a visão de concorrência e aumentar o olhar das parcerias e ligações para que a agenda avance no Brasil.
Já no painel “Imaginando Novas Economias”, que contou com palestras de Adriana Barbosa, criadora e diretora da Feira Preta, e Ticiana Rolim, fundadora da Somos Um, o destaque também foi a colaboração com o propósito no centro e não mais as logomarcas das empresas, para gerar um
impacto onde se faz necessário.
Ticiana trouxe, ainda, a importância das mudanças de dentro para fora, por parte dos indivíduos, para que se mude além de hábitos e de consumo, e se tenha, realmente, uma mudança estrutural na forma de viver. É preciso vivenciar novos modelos econômicos que sejam mais justos, inclusivos e sustentáveis, incorporando valores de impacto social e ambiental.
O Ceará foi o estado escolhido para sediar o 3º Encontro Anual da Coalizão Pelo Impacto 2025, que acontecerá entre os dias 25 e 28 de março, em Fortaleza. As agendas incluem reuniões e encontros na sede da Somos Um, no Observatório da Indústria da Fiec, no Iris Lab do Governo do Ceará e, ainda,
no bairro Bom jardim, no Movimento de Saúde Mental e no Giardino Buffet.
Além de coordenadores e conselheiros da Coalizão Pelo Impacto das cidades de Fortaleza (CE), Belém (PA), Campinas (SP), Paranaguá (PR) e Porto Alegre (RS) e de Brasília (DF), estarão presentes filantropos com atuação em todo o País e que fazem parte das organizações que formam o Instituto de Cidadania
Empresarial (ICE).
Entre as entidades estão a cearense Somos Um; o Instituto Helda Gerdau, o Instituto Itaúsa, a Cosan, a Fundação Educar DPaschoal, a Fundação Feac, a Fundação Grupo Boticário, o Beja Instituto, o Humanize, o Instituto Sabin e a RD Saúde.
O programa Sesc Mesa Brasil alcançou em 2024 a marca histórica de mais de 57 milhões de quilos de alimentos e insumos arrecadados, recorde desde a criação do programa há 30 anos. O aumento foi de 18% em relação a 2023.
Somente o Ceará arrecadou mais de 4,6 milhões de quilos de doações para o Sesc Mesa Brasil, representando 8% do volume nacional arrecadado.
O programa visa combater à fome e o desperdício de alimentos e conta com mais de 3,3 mil empresas doadoras, que vão de grandes multinacionais, redes de supermercados atacadistas, mercados locais a produtores rurais e entrepostos de hortifruti.
As empresas doam seu excedente de produção ou aqueles alimentos que estão fora dos padrões de comercialização, mas ainda nutritivos e seguros para o consumo.
O Sesc Mesa Brasil faz a ponte entre as empresas doadoras e mais de 7 mil instituições, que utilizam esses alimentos para fornecer refeições, beneficiando aproximadamente 2,3 milhões de pessoas por mês em situação de vulnerabilidade social.
A Unilink Transportes conquistou uma recertificação e duas novas certificações internacionais de qualidade e gestão relacionadas a excelência operacional, a responsabilidade ambiental e a segurança no trabalho. São elas: ISO 9001, ISO 14001 e ISO 45001.
A ISO 14001 está diretamente ligada a adoção de práticas sustentáveis e a preocupação da empresa em minimizar impactos ambientais em suas operações.
Em 2024, o Instituto Aço Cearense e celebra 15 anos de atuação e celebra o investimento de cerca de R$ 4 milhões em ações, projetos e campanhas realizadas para 73 instituições, somente no ano passado.
As iniciativas impactaram cerca de 200 mil pessoas. Desde a sua fundação, já foram investidos mais de R$ 35 milhões em 355 instituições, totalizando mais de 750 mil pessoas no Ceará, Pará e Tocantins. Uma das parcerias de impacto foi com a Gerando Falcões e o Instituto Pensando Bem, para a realização do
Projeto Favela 3D, em Fortaleza.
No Ceará, o Assaí se uniu à W-Energy e criou modelos de gestão de eficiência hídrica. As cinco unidades economizaram, em média, 26% ao mês nas contas de água, em 2024, com a aplicação das soluções tecnológicas.
Uma delas, permite o monitoramento remoto e em tempo real do consumo de água via internet, garantindo uma gestão hídrica mais eficiente. Outra inovação é a de caça-vazamentos, sistema de geofone que identifica com precisão as perdas invisíveis em tubulações subterrâneas, possibilitando correções rápidas e evitando desperdícios.
A Sorvetes Frosty tem apostado em inovação relacionada à sustentabilidade e tomou medidas em relação a valorização e o cuidado com o meio ambiente.
Entre elas estão a coleta seletiva de lixo orgânico e reciclável; o uso de madeira reflorestada na produção dos palitos dos picolés e reciclou mais de 1,3 tonelada entre plástico (614,97t), metal (432,30t) e papel (333,28t).
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