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Próximos passos do impacto no Ceará
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Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Unifor e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da equipe de reportagem do Anuário Ceará e da editoria de Economia do O POVO. Atualmente é Editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO

Próximos passos do impacto no Ceará

Após a assinatura do acordo de cooperação entre o Mdic e o Governo do Ceará para entrada do Estado no Simpacto, ações práticas mobilizam a agenda no ecossistema local
Tipo Notícia
SIMPACTO é assinado no Ceará (Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal SIMPACTO é assinado no Ceará

As práticas ESG nas empresas estão relacionadas ao impacto social quando elas assumem uma Tese de Impacto, construida pela companhia, para promover a sustentabilidade ambiental, responsabilidade social e uma governança corporativa ética. 

Michelle Ribeiro, advocacy pela Somos Um e Coalizão pelo Impacto, além de cofundadora da Bem Inovação Social, explica, por exemplo, que se uma empresa decide como Tese de Impacto que pretende promover a igualdade de gênero, passa a definir como política ESG que os investimentos filantrópicos serão destinados a projetos de impacto e negócios sociais ou de impacto que ajudem a resolver esse problema socioambiental.

No último dia 9 de agosto, o Ceará deu um importante passo na política de impacto estadual ao assinar um acordo de cooperação técnica com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) para adesão ao Sistema Nacional de Economia de Impacto (Simpacto).

Novas ações

Ticiana Rolim, fundadora e presidente da Somos Um, empresa que está a frente no Ceará na expansão da agenda de impacto revela qu entres os próximo passos estão: enviar convite para as pessoas que irão compor o comitê da Enimpacto e começar a pensar e estruturar as políticas públicas para apoio em escala para negócios de impacto.

Entre os eixos estão a ampliação da oferta de capital para a economia de impacto; o aumento do número de negócios de impacto; o fortalecimento das organizações intermediárias; a promoção de ambiente institucional e normativo favorável aos investimentos e negócios de mpacto, e a articulação interfederativa com estados e municípios no fomento à economia de impacto.

"“Esse momento mostra que a nova economia já existe. Essa colheita (assinatura do acordo) existe porque estamos plantando sementes nos últimos anos. Feliz em ser parte de uma política pública inovadora, a única no mundo. Estamos construindo história. E já posso imaginar soluções para problemas sociais e ambientais sendo resolvido em larga escala, mandando a pobreza pro museu”, diz Ticiana.

Na prática

Um exemplo de apoio de negócio de impacat é o programa Zunne, plataforma de investimento em negócios que geram impacto positivo nas regiões Norte e Nordeste, priorizando aqueles liderados por mulheres pessoas negras e indígenas ou que atuam na Amazônia e na Caatinga.

O “Zunne 2.0” inicia sua jornada com o objetivo de mobilizar R$10 milhões. Na segunda edição, contará com a Trilha Flora e a Trilha Pólen. A primeira se destinará a investimentos filantrópicos de até R$100 mil em empreendimentos que tenham faturamento anual entre R$200 e R$600 mil e é exclusiva para negócios liderados por mulheres, negras e indígenas. 

Já naTrilha Pólen, os negócios de impacto que ultrapassam o faturamento de R$600 mil anuais podem buscar empréstimos de até R$500 mil, com uma taxa de juros de 14,8% ao ano, menor que as praticadas por bancos de desenvolvimento.

O Zunne tem estrutura blended finance. Ou seja, une capital filantrópico e investimento, recursos de grandes e pequenos investidores, sejam pessoas físicas ou jurídicas. Nesta 2ª edição é possível fazer investimentos a partir de R$1 mil. Mais informações www.programazunne.com.br

Impacto na hotelaria

Os hotéis Vila Selvagem, Jaguaribe Lodge e Jaguaríndia Village possuem, atualmente, 95% de trabalhadores locais, na praia do Fortim. O Vila Selvagem também tem uma cozinha experimental para encontrar produtores, pescadores e fornecedores da região e auxiliá-los na capacitação e aprendizado.

Além disso, o uso de produtos biodegradáveis e a troca de produtos de plástico para vidro, também trouxeram mais impactos positivos a estrutura dos hotéis.

O Jaguaribe Lodge foi pensando para reduzir o impacto ambiental e utilizou madeira reflorestada, ventilação natural, palafitas suspensas para preservar as dunas e vegetação. Além do reuso de água para regar o lindo jardim e energia solar.

Foto do Carol Kossling

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