COP30 e o desafio da sustentabilidade nos bastidores
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Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Universidade de Fortaleza (Unifor) e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da editoria de Economia e foi editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO. Atualmente cursa dois MBA em ESG - Trevisan e Faculdade CDL
COP30 e o desafio da sustentabilidade nos bastidores
A especulação em torno da hospedagem levanta um debate sobre acessibilidade, inclusão e responsabilidade compartilhada no acolhimento de um encontro global que prega justamente a equidade e o equilíbrio
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
RIO Guamá e a cidade de Belém ao fundo
Enquanto o Brasil se prepara para sediar a COP30, em Belém, um impasse vem chamando atenção no mundo todo, os altos valores cobrados pelos hotéis da Capital para o período do evento. A escalada dos preços preocupa organizadores, participantes e a própria imagem do país diante do compromisso com uma agenda sustentável e justa. A especulação em torno da hospedagem levanta um debate sobre acessibilidade, inclusão e responsabilidade compartilhada no acolhimento de um encontro global que prega justamente a equidade e o equilíbrio.
De acordo com levantamento do Ministério do Turismo, hotéis que costumam cobrar diárias de R$ 200 a R$ 400 estão ofertando o mesmo quarto por até R$ 3 mil no período da conferência. O Governo do Pará já iniciou tratativas com o setor hoteleiro para conter abusos e garantir condições dignas de participação. A COP30 deverá reunir mais de 60 mil pessoas, entre chefes de Estado, especialistas, ativistas e jornalistas e o desafio logístico precisa acompanhar a ambição climática.
ESG na prática
O Hospital Alemão Oswaldo Cruz realiza, em agosto, o "Mês ESG", programação voltada à conscientização dos seus mais de 3 mil colaboradores sobre práticas ligadas aos pilares ambiental, social e governança. A iniciativa inclui intervenções culturais, rodas de conversa, oficinas, jogos e palestras que abordam desde o descarte correto de resíduos hospitalares até diversidade, inclusão e integridade ética.
Entre ações também estão iniciativas sobre economia circular e consumo consciente, além de intervenções teatrais que percorrem as unidades do hospital discutindo descarte adequado de resíduos de serviços de saúde e redução do uso de plásticos. Na frente ambiental, o hospital já destinou mais de 300 toneladas de resíduos para reciclagem, com 42% desse total apenas no ano de 2024, e estima ter evitado o descarte de mais de sete toneladas de papelão com a adoção de embalagens reutilizáveis, o que representou uma redução de 927 toneladas de CO2.
Meio ambiente
Em 2024, a Alphaville iniciou a recuperação de 31,98 hectares ao redor dos loteamentos com o plantio de aproximadamente 83 mil mudas nativas e plantou mais de 18 mil mudas como parte do paisagismo ornamental e implementou o paisagismo de proteção com técnicas como hidrossemeadura. E transplantou mais de 460 árvores e preservou outras 381, mesmo tendo recebido autorização dos órgãos ambientais responsáveis para o corte.
Bate-papo consciente
A Vivo reúne o cientista climático Carlos Nobre, a atriz Denise Fraga e o líder indígena Kaká Werá numa série de podcasts para discutir mudanças climáticas, ancestralidade, saúde mental e do planeta e o impacto da tecnologia para um futuro mais sustentável. A ideia é trazer assuntos relacionados à vida e ao planeta, de forma leve e informal, aproximando as pessoas das discussões do nosso tempo.
Biocarvão cearense
A Energia Pecém, em parceria com a Universidade Estadual do Ceará e com o Instituto de Desenvolvimento, Estratégia e Conhecimento, inaugurou semana passada o Espaço BioEnergia e a planta piloto do projeto de PDI para produção de biochar (biocarvão) a partir da casca do coco verde, com posterior aplicação em blends com carvão mineral em caldeiras industriais.
Quanto maior o percentual de biocarvão, proveniente de fontes renováveis como a casca do coco verde, maior o potencial de redução nas emissões, já que parte do carbono emitido é de origem biogênica e, portanto, neutro do ponto de vista climático. Serão investidos R$ 2,7 milhões no projeto, que conta com financiamento do programa de PDI da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e terá duração de 24 meses, com término em dezembro de 2026.
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