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MP do setor elétrico x ESG
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Carol Kossling é jornalista e pedagoga. Tem especialização em Assessoria de Comunicação pela Universidade de Fortaleza (Unifor) e MBA em Marketing pela Faculdade CDL. Pautou sua carreira no eixo SP/CE. Fez parte da editoria de Economia e foi editora de Projetos do Grupo de Comunicação O POVO. Atualmente cursa dois MBA em ESG - Trevisan e Faculdade CDL

MP do setor elétrico x ESG

Além de definir a previsibilidade regulatória para o setor, a MP pode influenciar diretamente a confiança de investidores em novos empreendimentos verdes
Tipo Opinião
A MP pode influenciar a confiança de investidores  (Foto: JÚLIO CAESAR)
Foto: JÚLIO CAESAR A MP pode influenciar a confiança de investidores

A Medida Provisória 1.300, recém-aprovada no Congresso, coloca em jogo temas centrais da agenda ESG no Brasil. O texto trata de incentivos à geração distribuída com fontes renováveis, da tarifa social de energia para famílias de baixa renda e de regras que podem impactar investimentos em projetos solares e eólicos. No centro da discussão, está a transição energética aliada à justiça social, mostrando como a política energética pode acelerar, ou travar, avanços sustentáveis no País. Além de definir a previsibilidade regulatória para o setor, a MP pode influenciar diretamente a confiança de investidores em novos empreendimentos verdes. O texto também abre espaço para avaliar políticas de eficiência e uso racional da energia, fundamentais para reduzir desperdícios. A MP 1.300 foi votada na Câmara dos Deputados e no Senado em 17 de setembro de 2025 e agora segue para a sanção presidencial. Se sancionada sem vetos, ela se tornará lei ordinária e entrará em vigor conforme os termos definidos. Aguardemos.

Década dos Oceanos

Rômulo Alexandre, co-fundador do Instituto Winds For Future, ministrará a palestra Kite For The Ocean: Uma jornada por um oceano sem plástico durante a 18ª edição do Fórum IEP de Sustentabilidade, que acontecerá nos dias 25 e 26 de setembro no Shopping RioMar Papicu.Também estão confirmadas para outros painéis, Cybelle Borges, coordenadora de Sustentabilidade e ESG da Cimento Apodi; Raissa Bisol; gerente de Sustentabilidade do Beach Park, entre outras.

Créditos de carbono

A McKinsey Consultoria estimou que a demanda por créditos de carbono aumente até 15 vezes até 2030. Este mercado movimentou cerca de US$ 1 bilhão em 2021 e deve chegar a US$ 50 bilhões até a próxima década. Isso aumenta a expectativa de reflorestamento ou de redução do desmatamento por parte de iniciativas privadas e públicas, em diversos países.

Devida à emergência das exigências das regulações em torno das compensações, a Greenline desenvolveu um método exclusivo para compensar CO₂ a partir do cálculo do carbono líquido de matas nativas e áreas de preservação ambiental plenamente verificadas para isso. A metodologia utilizada pela empresa é considerada inovadora por monitorar a evolução da vegetação encontrada nos biomas terrestres, sendo certificada pela Bureau Veritas.

Consumo em transformação

A TLF Jeans confirma participação, no dia 25 de setembro, no Denim Meeting Eco Fortaleza, evento que debate o futuro do jeans sob a perspectiva da sustentabilidade, inovação e desejo de consumo. O encontro reunirá profissionais e marcas que estão na linha de frente da transformação do setor. Na programação, a diretora criativa da marca, Thicy Lemos, fará um talk show que promete inspirar o público com reflexões sobre os caminhos da moda responsável e o papel das marcas em um mercado cada vez mais consciente.

Autossuficiência hídrica

A Vicunha divulgou seu Relatório de Sustentabilidade 2024 com destaque para a consolidação da estação VSA, em Pacajus, que trata esgoto doméstico e gera água de reuso para a indústria. A empresa poderá utilizar cerca de 200 milhões de litros em 2025, com potencial de chegar a 500 milhões/ano e atingir autossuficiência hídrica.

A iniciativa também permitirá fornecer água para outras indústrias locais, reduzindo o uso de mananciais. Outro avanço é o reaproveitamento de algodão, com mais de 9 mil toneladas recicladas em 2024. Isso representa 15% do total usado e reduz consumo de água, insumos agrícolas e emissões de gases de efeito estufa.

Redução de plásticos

A Mundo Limpo Reciclados, de Pacatuba, lançou um saco de lixo sustentável feito 100% de plástico reciclado dos resíduos de seus clientes. A iniciativa aplica o conceito de economia circular, reintegrando materiais à cadeia produtiva. A meta é transformar 600 toneladas de descartes em novos sacos até 2025, reduzindo impactos ambientais. O projeto fortalece a reciclagem de plásticos no Ceará e incentiva práticas mais sustentáveis no setor.

Empreendedorismo

A Feira do Empreendedor do Sebrae Ceará, que será realizada de 8 a 10 de outubro, em Fortaleza, terá um espaço para responsabilidade socioambiental. Entre as ações adotadas estão a redução do uso de papel, incentivo à coleta seletiva e o reaproveitamento de materiais. Além disso, a programação trará debates e atividades que destacam a sustentabilidade como diferencial competitivo. Na agenda, palestra da jornalista Giuliana Morrone que apresentará ao público uma visão prática e estratégica de como negócios de todos os portes podem incorporar a agenda socioambiental em suas estratégias para ampliar oportunidades e gerar impacto positivo.

Empreendimento sustentável

A praia de Flecheiras recebe o Monte Carlo Condominium, empreendimento de alto padrão com foco em soluções sustentáveis e tecnológicas. Assinado pela Brasterra Empreendimentos Imobiliários o local conta com investimento de R$ 25 milhões. O condomínio contará com estações individuais de tratamento por biodigestores, uso de materiais recicláveis, energia solar nas áreas comuns e pontos de recarga para veículos elétricos.

Pacto Global

O Hospital Moinhos de Vento aderiu ao Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU). Ele já opera com uma central de transformação de resíduos e tem iniciativas que vão desde a meta de carbono neutralidade até 2027 até o pioneiro programa "Reciclagem Transformadora", que processa mais de 30 toneladas mensais de resíduos dentro do próprio complexo hospitalar.

 

 

Foto do Carol Kossling

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