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2023, cultura de doação como prioridade
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Presidente do Movimento Bem Maior, que tem a missão de fomentar a filantropia no Brasil e dobrar a capacidade de doação do PIB brasileiro em dez anos

2023, cultura de doação como prioridade

Sabemos que a cultura de doação é um caminho para conquistarmos o que queremos para o nosso país. E por isso ela é a nossa prioridade, estará em nossos planos, metas, propósitos e sonhos neste ano de 2023
Tipo Opinião

A cada início de ano repensamos diversos aspectos da nossa vida, revemos valores e redefinimos prioridades. A questão sobre o que priorizar é central sempre que queremos realizar algo, já que o tempo e os esforços são limitados e precisamos focar no que realmente importa. A partir das prioridades conseguimos determinar as metas e preparar os planos que nos levarão onde queremos chegar.

Quais são suas metas para 2023? Para quem atua no terceiro setor, uma resposta que surge naturalmente é fortalecer a cultura de doação.

Temos muitos propósitos enquanto instituições que querem melhorar o país: reduzir o desemprego, combater a miséria, garantir melhor infraestrutura e moradia, dar condições de vida digna à população, acesso à saúde, educação e segurança. Todos esses objetivos e muitos outros estão no final da trilha que passa pela cultura de doação.

O que faz da cultura de doação algo tão primordial na transformação social é sua força para sensibilizar e mobilizar, apoiar a estrutura da sociedade. É a partir desse valor construído que as pessoas entendem que doar faz muito sentido dentro do seu papel enquanto cidadãs.

Essa ideia cresce e se fortalece, e vemos ampliar a percepção de que doar faz bem para quem doa: a Pesquisa Doação Brasil constatou que de 2015 para 2020 o índice de pessoas com essa noção aumentou de 81% para 91%.

Continuar impulsionando esses números é uma das nossas prioridades para o próximo ano, assim como manter e fazer crescer uma conquista que nos trouxe muita felicidade em 2022: pela primeira vez o Brasil entrou no ranking dos 20 países mais solidários do mundo na pesquisa World Giving Index, da organização britânica Charities Aid Foundation.

A mudança representou um grande salto, do 54º lugar para o 18º; é resultado de muito trabalho de todos os envolvidos com filantropia, terceiro setor, instituições, organizações não governamentais e as parcerias com outros setores, público e empresarial. O fato é que, para promover uma mudança consistente e atingir um objetivo grandioso, é necessário um investimento periódico. Não há milagre, mas sim muita dedicação.

Uma conquista de muitas mãos, braços e corações unidos para fazer com que a onda de solidariedade que vivenciamos na pandemia continuasse reverberando - mesmo naquela fase desafiadora superamos muitos países, algumas das maiores economias mundiais, em doações e generosidade.

Esse tem sido o norte do nosso trabalho no Movimento Bem Maior, junto com muitos parceiros, para identificar causas, incentivar doações e apoiar projetos de impacto que possam contribuir para a transformação sistêmica que acreditamos.

Sabemos que o brasileiro é um povo solidário. Nosso trabalho é fortalecer a noção de pertencimento, para que todos entendam que são parte importante desse desenvolvimento, com a concepção de doação como um sinal de que o exercício da cidadania e o comprometimento com o futuro do país, estão sendo vividos na prática.

Não basta acreditar e desejar uma sociedade mais justa; cabe a todos nós fazer o que é preciso para essa meta se realizar. Sabemos que a cultura de doação é um caminho para conquistarmos o que queremos para o nosso país. E por isso ela é a nossa prioridade, estará em nossos planos, metas, propósitos e sonhos neste ano de 2023. n

 

Foto do Carola Matarazzo

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