
Chico Araujo é cearense, licenciado em Letras, professor de Língua Portuguesa e de Literatura brasileira. É autor dos livros
Chico Araujo é cearense, licenciado em Letras, professor de Língua Portuguesa e de Literatura brasileira. É autor dos livros
Desde pequeno tive o entendimento de que "diálogo" significa conversa entre duas ou mais pessoas em busca de entendimento sobre um tema de interesse. Assim, quando um diálogo se inicia, deve-se ter a perspectiva de um saudável debate para a solução de problemas, ou o empenho para a realização de algo bom a todos.
Um diálogo, então, se organiza como uma saudável interação entre pessoas que se permitem ouvir atentamente o que seus interlocutores têm a dizer, cada um sopesando os ditos a partir da qualidade do que se diz em prol das partes; o diálogo pressupõe troca de ideia e sugere interação pacífica e bem-intencionada.
De uns tempos para cá, no entanto, tenho tido a impressão de que para algumas pessoas o termo teve seu sentido alterado, passando a significar negócio a se estabelecer em bases que beneficiem algumas partes envolvidas no colóquio, mesmo que outras não sejam contempladas pelos mesmos benefícios, sendo, muitas vezes, prejudicadas pelos acertos.
Principalmente em lugares e situações em que o oferecimento e recebimento de presentes em troca de favores, dinheiro repassado como pagamento por ato indevido, entre outras benesses, constituem a tônica para alguns chegarem a "bom termo" sobre algo que lhes interessa. Não importa a esses alguns se outros que estejam de fora dos planejamentos feitos sejam lesados.
“Dialogar”, em situações bem específicas, torna-se um eufemismo pernicioso para encobrir uma “negociata”. Os envolvidos nela tratam dos ganhos que terão em ações por eles entendidas comezinhas ao realizarem (ou não realizarem) atos que não devem ser sabidos por ninguém além dos envolvidos no conluio. Ocultamente, portanto, traçam planos para que, no fim das contas, estejam com mais posses e mais poderes.
Ardis são planejados em silêncios, em obscuridades – se assim não fossem não seriam ardis. Em meio a tais astúcias, tratativas em busca de ganhos de maneira não honesta celebrada nos mais profundos negrumes de escuridões.
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