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Confraria 2
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Chico Araujo é cearense, licenciado em Letras, professor de Língua Portuguesa e de Literatura brasileira. É autor dos livros

Confraria 2

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Tipo Crônica

O primeiro título para esse texto seria “Os caras” e iria falar de alguns caras (na palavra cabem homem e mulher) que se reúnem em torno de discos musicais e não percebem o tempo passando enquanto letras de músicas e melodias são apreciadas, curtidas, comentadas sob a apreciação dos sabores de vinhos e cervejas, ocasionalmente uns, outras vezes as outras.

O primeiro parágrafo do texto que seria o original começaria com “Tenho um amigo” e a partir dessa primeira frase a lógica solicitava algum detalhamento sobre ele que senta conosco para falar de coisas sérias, dar gargalhadas de muitos “causos” risíveis da vida, ouvir músicas degustando letras, melodias, arranjos, destacando intérpretes, músicos, tudo isso, repito, sob a apreciação dos sabores de vinhos e cervejas, ocasionalmente uns, outras vezes as outras.

Esses caras (na palavra cabem homem e mulher) não têm dia certo nem hora precisa para abrirem os trabalhos em sua confraria, mas, quando as condições permitem o encontro, não se fazem de rogado e doam-se, sem preocupação com as horas, àquele momento apaziguador (o cotidiano anda tão conflitivo, não é mesmo?) e libertador (que a música tem esse poder de, por suas letras e suas melodias, nos excarcerar) que lhes desvela as diferenças e os une naquilo que os aproxima. Claro, sob a apreciação dos sabores de vinhos e cervejas, ocasionalmente uns, outras vezes as outras, entre posicionamentos críticos, revelações, risos, enfim, tantas emoções.

Na verdade, esse texto começou a ser escrito há alguns dias, sem que eu conseguisse prosseguir. No entanto, hoje, terça-feira, 09 de maio de 2023, enquanto eu tocava meu dia a dia, chegou-me mensagem dizendo de fato que mexeria com uma boa parte dos brasileiros, principalmente os mais amantes da música nacional, certamente os convivas da confraria. Um fato que repercutiria em todas as gerações que aprenderam a constatar a qualidade do rock nacional.

Não sei dizer o momento do próximo encontro da irmandade. Sei, porém, de um destaque: Rita Lee Jones e sua irreverência, sua crítica ácida quanto a esse mundo do qual ela se revelou contestadora pertinaz. Rita, a estrela mais intensamente brilhante do rock brasileiro dirá novamente, a nós, sua arte contestatória, elegantemente sem fineza, graciosamente contundente.

Claro, nossa reverência a ela se dará entre posicionamentos analíticos, revelações, risos, enfim, entre canções da roqueira – a nos trazer plurais emoções.

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