
Chico Araujo é cearense, licenciado em Letras, professor de Língua Portuguesa e de Literatura brasileira. É autor dos livros
Chico Araujo é cearense, licenciado em Letras, professor de Língua Portuguesa e de Literatura brasileira. É autor dos livros
É mesmo insistência minha, só porque a cada dia mais avigoro em mim a certeza de que educação de qualidade, crítica e formadora para a cidadania é imprescindível nas sociedades, sob pena de que as populações se tornem, definitiva e inapelavelmente, massas de manobras de políticos e de governos elitistas e mal-intencionados, autoritários, violentos.
Mesmo ciente de que das ações governamentais – de qualquer governo – sempre sabemos pouquíssimo e somente o que nos é franqueado via imprensa (mesmo não havendo sigilo de cem anos), tenho percebido crescer em mim essa certeza – educação de qualidade é fundamental.
Em textos anteriores, já insisti em um ponto que considero muito relevante para a vida social: políticos não estão tornando seus mandatos favoráveis às melhorias de vida necessárias às populações, principalmente as mais carentes. Basta observarmos os projetos que apresentam nas casas legislativas e as destinações que fazem de dinheiro que deve servir para sanar necessidades do povo. Além disso, atentemos também às informações referentes aos processos hoje tramitando em várias localidades do país para a cassação de muitos desses “representantes do povo”.
Não há como tirar da cabeça que a educação permite acesso a várias culturas que vão muito além daquelas existentes na vivência simples do cotidiano a exigir imediatos e necessários esforços para a sobrevivência. A alfabetização, os letramentos mediados pelo desenvolvimento da leitura tornam-se mecanismos imprescindíveis para que esse acesso se dê. Literatura, cinema, teatro, dança, música, artes plásticas, gastronomia, arquitetura, por exemplo, são aspectos da cultura que reputo do interesse de todos os cidadãos. Todos nós devemos alcançar compreensão adequada do que faz uma sociedade existir.
Não ter acesso a esses ambientes culturais limita sobremaneira a compreensão sobre o que somos e o que poderemos ser socialmente. A situação piora bastante, quando corporações internacionais, ou, individualmente, seus donos, resolvem influenciar na vida do país, quando este, em defesa de sua soberania e do equilíbrio interno da nação, age para defender-se da ação nociva dessas corporações e dos seus titulares que fazem de tudo para não perderem seus lucros nababescos, mesmo que para isso aceite distribuir informações falsas para serem acolhidas como verdadeiras.
É o que temos visto de maneira inequívoca na contemporaneidade digital. A existência de, no mínimo, tentativa de influência de grupos muito poderosos financeiramente em governos constituídos. Na busca de alcançar lucros e mais lucros investem até em discursos de abuso contra governos e governantes. O poder econômico pautando o poder da comunicação, o poder da comunicação pontuando a manutenção do poder econômico para poucos e pobreza para muitos de mãos dadas com políticos vislumbrando o ideário da supremacia – algo visto muito claramente em nosso país.
A humanidade parece nada ter aprendido com a História. Principalmente a Segunda Guerra Mundial deixou marcas profundas na existência humana que não deveriam ser esquecidas, postas de lado como algo a ficar apenas como memória de um passado tortuoso. As ideias supremacistas vigorosamente expostas, defendidas e buscadas naquele período não deveriam estar mais presentes na humanidade. Mas estão.
O ideário supremacista está diretamente ligado à insana busca por poder que tem levado ao desrespeito a legislações, à Constituição Federal, “forçando a barra” para que esta seja interpretada de acordo com vontades próprias, desejos individuais sobre os coletivos, por mais espúrios que sejam, levando, assim, boa parte da população para enganos, a ponto de aceitar como certo o que está errado.
Parte da imprensa também tem colaborado para que a enganação ao povo ocorra, difundindo informações falsas de maneira a dar a entender que são verdadeiras. Na confusão, boa parte do povo fica realmente sem entender nada – um propósito – e se deixa levar por “canto de sereia”: ilude-se, acompanha e morre sem nada entender.
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