Acervo de peso e problemas nas legendas: um balanço da HBO Max no Brasil
João Gabriel Tréz é repórter de cultura do O POVO e filiado à Associação Cearense de Críticos de Cinema (Aceccine). É presidente do júri do Troféu Samburá, concedido pelo Vida&Arte e Fundação Demócrito Rocha no Cine Ceará. Em 2019, participou do Júri da Crítica do 13° For Rainbow.
Mais uma plataforma de streaming chegou ao Brasil: após mais de um ano de experiência nos EUA, a HBO Max foi lançada por aqui e na América Latina no último dia 29 de junho. Em substituição ao HBO Go, o novo serviço reúne conteúdos originais da HBO, do estúdio Warner Bros, do Cartoon Network, da DC Entertainment e, ainda, os chamados Max Originals — produzidos ou adquiridos com exclusividade pelo streaming. A chegada da nova plataforma mexeu com os concorrentes — a Disney , por exemplo, "respondeu" com promoção de assinatura por R$1,90 — e, também, com o público.
De acordo com o Google Trends, as buscas pela nome da HBO Max encontraram pico de interesse no próprio dia 29 e, dentre as pesquisas relacionadas em ascensão, estão termos como "9 90" — em referência ao preço promocional de, na verdade, R$ 9,95 por mês no plano mais simples (confira detalhes no quadro "Raio-x dos planos" e no serviço) — e "legenda torta" — em referência... bem, às legendas tortas da plataforma. A partir de experiência pessoal, trocas de impressões e repercussão nas redes sociais, a coluna esboça um balanço dos primeiros dias da HBO Max no Brasil.
Acervo de peso...
Séries clássicas da HBO como "Família Soprano" e "A Sete Palmos", assim como destaquesrecentes como a minissérie "Mare of Easttown" e o drama "Euphoria", já justificam o interesse pelo novo serviço — mas nenhuma delas é novidade, uma vez que a HBO Go já trazia as obras.
No entanto, a reunião das produções da HBO com as da Warner Bros adiciona peso à HBO Max, que receberá com exclusividade os filmes do estúdio 35 dias após a estreia deles nos cinemas. Nesta sexta, 9, por exemplo, chega à plataforma o terror "Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio". A ação "Godzilla vs. Kong" e o musical "Em Um Bairro de Nova York" estão previstos para se somarem ao catálogo neste mês.
É de se estranhar: produções da própria HBO não estão disponíveis. Para citar poucas: a série documental "The Vow" (2020), a série dramática de Luca Guadagnino "We Are Who We Are" (2020), a brasileira "Pico da Neblina" (2019) e, em caso curioso, a elogiada "Deadwood: Cidade Sem Lei" — que teve três temporadas exibidas entre 2004 e 2006 e, em 2019, um filme que deu continuidade à trama.
O longa está na HBO Max, mas a série não. Quem quiser assistir às temporadas precisa assinar o Paramount +. Quanto aos filmes, o serviço chegou sem ter no acervo, por exemplo, o premiado "Judas e o Messias Negro", disponível em outros serviços e que só chega ao HBO Max no dia 30. Em tempo, a maioria das ausências deve se dar por burocracias relacionadas aos direitos das obras.
Originais de destaque
Ao longo dos últimos meses, foram dezenas as produções lançadas nos EUA pela plataforma sob a alcunha de Max Originals. Apesar de só terem chegado oficialmente ao Brasil agora, as obras já repercutiam por aqui nas redes sociais.
Podem ser citados o reality "Legendary", voltado à cultura do vogue e do ballroom; as co-produções internacionais "Veneno", sobre a personalidade espanhola Cristina Ortiz Rodríguez, e "It's a Sin", minissérie britânica que mostra o impacto da aids no cotidiano de um grupo de amigos gays; a comédia ácida "The Flight Attendant"; o especial "Friends: The Reunion"; e os filmes "Unpregnant"e "Let Them All Talk".
Entre destaques recentes, a série de fantasia "Raised By Wolves" e o filme de crime "Nem um Passo em Falso", que marca o primeiro lançamento cinematográfico da plataforma no Brasil. Espera-se para os próximos meses, entre outros, o lançamento da minissérie de crime "The Staircase", com Colin Firth, e do reality brasileiro "Queen Stars", apresentado por Pabllo Vittar e Luísa Sonza.
Problemas técnicos
Nos minutos iniciais da HBO Max no Brasil, um problema: diversas pessoas — incluindo a coluna — não conseguiam assinar o serviço e deram de cara com mensagem de erro na forma de pagamento. Só foi possível completar o processo horas depois. A principal questão está, porém, nas legendas. Desconfiguradas, pequenas, desalinhadas… São muitas as reclamações.
Até o fechamento da coluna, a posição da HBO Max é a divulgada no Twitter na sexta, 2: "Pedimos desculpas e agradecemos a todos que estão reportando dificuldades por nos darem a chance de corrigir. Nosso time já está trabalhando em umasolução e avisaremos assim que tudo estiver normalizado". Em problemas de menor escala, há cenas "rebobinando" em alguns conteúdos, erro na parte de "Continue assistindo" — que salva em que altura você parou em uma série —, travamentos e demora nos carregamentos da plataforma.
Quanto: plano Mobile por R$ 9,95/mês e plano Multitelas por R$ 13,95/mês. Os preços são de uma oferta (válida até o dia 31 somente pelo site) que garante desconto de 50% no valor enquanto durar a assinatura mensal
Plano Mobile: apenas para smartphones e tablets, resolução adaptada ao tipo de dispositivo, permite assistir somente em um dispositivo de cada vez e baixar os títulos para visualização offline
Plano Multitelas: para todos os dispositivos, definição com qualidade 4k, criação de 5 perfis, permite três telas ao mesmo tempo e baixar os títulos para visualização offline
Ôpa! Tenho mais informações pra você. Acesse minha página
e clique no sino para receber notificações.
Esse conteúdo é de acesso exclusivo aos assinantes do OP+
Filmes, documentários, clube de descontos, reportagens, colunistas, jornal e muito mais
Conteúdo exclusivo para assinantes do OPOVO+. Já é assinante?
Entrar.
Estamos disponibilizando gratuitamente um conteúdo de acesso exclusivo de assinantes. Para mais colunas, vídeos e reportagens especiais como essas assine OPOVO +.