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A guerra total entre Elmano e RC
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Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Ceará (2009), mestre (2012) e doutor (2016) em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFC. Apresentando interesse pela Sociologia Política e Ciência Política. Pesquisador do Laboratório de Estudos sobre Política, Eleições e Mídia (Lepem-UFC), atua como palestrante e analista político, colaborando com movimentos sociais, associações e imprensa

A guerra total entre Elmano e RC

Tipo Opinião
Cleyton Monte
Cientista político, professor universitário e pesquisador do Lepem (Laboratório de Estudos sobre Política, Eleições e Mídia)
 (Foto: Acervo pessoal)
Foto: Acervo pessoal Cleyton Monte Cientista político, professor universitário e pesquisador do Lepem (Laboratório de Estudos sobre Política, Eleições e Mídia)

A primeira pesquisa Ipespe, contratada pelo O POVO, divulgada na semana passada, possibilita uma série de reflexões sobre o cenário político pós-convenções partidárias. O retrato do momento sinaliza uma disputa acirrada - com segundo turno. É obvio que estamos apenas iniciando os movimentos mais acirrados. De qualquer forma, os dados servirão para alimentar as campanhas dos três principais candidatos. Capitão Wagner, Roberto Cláudio e Elmano de Freitas têm motivos para comemorar. O capitão da reserva teve a melhor notícia - registrou 73% de intenções de votos consolidados. Com isso, o líder do União Brasil está virtualmente no segundo turno. A questão agora fica por conta do embate entre os ex-aliados.

Para quem foi escolhido há pouquíssimo tempo, Elmano de Freitas partiu em um patamar significativo. É o mais desconhecido dos três. Isso abre espaço para crescimento. Mesmo após uma série de investidas do núcleo camilista, Roberto Cláudio se manteve firme na disputa. O clima do rompimento e a possibilidade de empate (já na próxima pesquisa) entre os aliados - sinaliza para uma guerra total entre as duas candidaturas.

Uma situação tensa que poderá dificultar acordos em um eventual segundo turno. Os dois estão diante de um trabalho hercúleo - reforçar alianças no interior (o voto menos consolidado até o momento) e impedir o crescimento do capitão Wagner na Região Metropolitana de Fortaleza.

A repercussão da pesquisa, as entrevistas e postagens nas redes sociais oferecem pistas sobre as táticas de cada uma das campanhas. Capitão Wagner vai investir no discurso da renovação e no voto anti-Ferreira Gomes. Roberto Cláudio deve focar na narrativa da competência administrativa e nas obras de Fortaleza (muito próximo do que Cid Gomes fez em 2006 - utilizando Sobral). Elmano de Freitas apostará nos aliados e no legado da educação - via Izolda.

As três campanhas contam com recursos valiosos e estão em pleno crescimento. A disputa por prefeitos e partidos se intensificou. Acostumados a uma dinâmica mais previsível - as lideranças têm dificuldades para se movimentarem em terreno tão pantanoso. A campanha vai começar oficialmente e chegará ao eleitor médio. O termômetro não ficará restrito à imprensa e ao mundo político. Um ponto a ser avaliado é o peso real (e os limites) dos apoiadores nacionais.

 

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