Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Ceará (2009), mestre (2012) e doutor (2016) em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFC. Apresentando interesse pela Sociologia Política e Ciência Política. Pesquisador do Laboratório de Estudos sobre Política, Eleições e Mídia (Lepem-UFC), atua como palestrante e analista político, colaborando com movimentos sociais, associações e imprensa
Com raras exceções, os partidos e lideranças políticas, que se propõem a pensar soluções para fortalecer os direitos trabalhistas, percebem o panorama do mercado com olhar das décadas de 1980 e 1990
Foto: Divulgação
Cleyton Monte, cientista político, professor universitário, pesquisador do Lepem (Laboratório de Estudos sobre Política, Eleições e Mídia) e colunista do O POVO
Para além de festas, o primeiro de maio deve ensejar uma série de reflexões sobre o novo mundo do trabalho. Tendências que estão se tornando realidade em uma velocidade espantosa. Mercados que foram acelerados no processo da pandemia. Não é possível ignorar a indústria 4.0, as tecnologias da informação e comunicação e todo seu aparato.
A uberização das relações trabalhistas e, mais recentemente, programas como o ChatGPT inseriram uma nova era no mundo da inteligência artificial e das organizações, desafiando nossa compreensão. Infelizmente, os debates partidários e legislativos estão longe de encarar essas transformações.
Com raras exceções, os partidos e lideranças políticas, que se propõem a pensar soluções para fortalecer os direitos trabalhistas, percebem o panorama do mercado com olhar das décadas de 1980 e 1990. A sociedade de mercado do início do século XXI alterou radicalmente as relações capital/trabalho.
No Brasil, esse choque costuma ser demarcado a partir da reforma trabalhista de 2016, mas, antes disso, já tínhamos a marcha acelerada da terceirização, dos contratos temporários e da pejotização. O Legislativo não fica muito atrás na lógica da incompreensão. Audiências que discutem as condições de trabalho do entregador de comida, do motorista de aplicativo ou do professor de ensino à distância pecam por desconsiderar as linhas estruturais em curso. Não se trata tão somente de regulamentar profissões, mas de estabelecer uma perspectiva realista e inclusiva sobre as mudanças.
Somos um país produtor de commodities. O desenvolvimento econômico do nosso tempo depende da construção de uma sinergia voltada para inovação e economia criativa, fora disso, estamos condenados à reprodução da pobreza.
O historiador Yuval Harari chamou atenção para o desaparecimento de várias profissões e alertou para um desafio que deverá ser enfrentado pela humanidade nas próximas décadas: o futuro dos excluídos digitais. Os governos começaram a despertar para essa questão e lançaram programas que vão mudar a lógica da qualificação.
No Ceará, instituições como IFCE e Centec firmam parcerias visando garantir cursos de alta tecnologia para os cearenses de todas as regiões, principalmente, os socialmente vulneráveis. É o caminho mais promissor para elevar a renda do trabalhador e reduzir desigualdades.
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