É editor de cultura e entretenimento do O POVO. Sua coluna, publicada todos os dias, trata de economia, política e costumes a partir de personagens em evidência no Ceará, no Brasil e no mundo.
É editor de cultura e entretenimento do O POVO. Sua coluna, publicada todos os dias, trata de economia, política e costumes a partir de personagens em evidência no Ceará, no Brasil e no mundo.
Herdeira do Grupo São Braz, a advogada e enóloga Maria Braz incorporou desde cedo, com dedicação e profissionalismo, a vocação da família. Era 1976 quando o avô dela, Genival Braz, registrou a marca Vinhos São Braz. Ele trazia vinho do Rio Grande do Sul, engarrafava em Patos (PB) e foi pioneiro na distribuição de vinhos pelo Nordeste.
Em 1997, Genaldo Braz, pai de Maria e atual diretor-presidente do Grupo, comprou a marca do pai e fundador e trouxe para Fortaleza, inaugurando a São Braz Indústrias de Bebidas LTDA.
Até 2010, continuavam buscando vinho do Sul. Foi quando adquiriram as vinícolas São Braz e a Mandacaru, no Vale do São Francisco, de onde o produto vem ao Ceará para ser engarrafado e distribuído.
Diretora-administrativa da empresa, Maria e os irmãos têm vislumbrado novos mercados, lançaram outros estilos de vinhos, diversificando nichos de atuação. O foco é a expansão dos negócios. O movimento vai reverberar não só em seus resultados, mas fortalece a produção, o reconhecimento e o consumo dos vinhos do Nordeste.
Em conversa com a coluna, fala do cenário atual e dos planos. No olhar, o brilho de quem ama o que faz e, sobretudo, é uma apreciadora e estudiosa dedicada ao mundo da enofilia. Tim-tim e bom domingo!
O POVO: Como você avalia o momento do grupo São Braz?
Maria Braz: No presente momento, o Grupo São Braz Bebidas alcança atuação de mercado bastante satisfatório a nível Nordeste, iniciando uma penetração relevante na região do Sudeste e mostrando grande potencial para suceder um protagonismo em âmbito Nacional. Possuímos grande diferencial competitivo em razão de sermos um grupo envolvendo indústria e duas vinícolas (a São Braz Indústria, a Vinícola São Braz e Vinícola Mandacaru) com possibilidade de expansão comercial cada vez mais ativa.
Tratando sobre a organização interna do grupo, encontra-se em fase de desenvolvimento estratégico visando a evolução conceitual e processual, da marca e de seus produtos a partir da implantação de novas experiências, relacionamentos e status, em outras palavras, modernizar nossos empreendimentos, humanizar e criar conexões com nossos clientes, consumidores e todos que fazem parte desse cenário mercadológico e trazer prestígios para nosso exercício social, econômico e ambiental.
O POVO: Quais os planos de expansão e que mercados deseja conquistar?
Maria Braz: Para expansão pretendemos introduzir produtos diversificados como vinhos finos, destilados, cervejas e mais estilos de bebidas não alcoólicas, para atendermos outros públicos consumidores. Desejamos atuar em nível nacional e até internacional, pois acreditamos termos grande potencial para atender as demandas de mercado, principalmente em razão da autenticidade dos nossos produtos, fator este que se torna cada vez mais significante neste meio.
O POVO: O que falta para a expansão da produção dos vinhos no Nordeste?
Maria Braz: O que falta é trabalho especializado e direcionado por parte das vinícolas e PDV’s, interesse dos governos e valorização do próprio mercado consumidor nos produtos nacionais. Indo mais além, vários fatores podem contribuir para a expansão da produção de vinhos no Nordeste, mas acredito que as principais são: o desenvolvimento de estratégias para aproximar de forma mais afetiva o consumidor com a bebida e a produção do vinho; capacitação/qualificação dos PDV’s, como também dos clientes, para quebrar pré-conceitos (tabus), principalmente os mais conservadores que já ultrapassados só afastam o interesse das pessoas; e também, de extrema relevância, uma reforma tributária que viabilize e priorize a produção e comercialização de vinhos nacionais a preço justo e competitivo com os vinhos importados.
O POVO: Em que estágio se encontra o processo de concessão da procedência aos vinhos do Vale do São Francisco? Este registro faz que diferença?
Maria Braz: O reconhecimento da Indicação de Procedência (IP) pelo Instituto nacional da Propriedade Industrial (INPI) está em seus últimos estágios de concessão a região do Vale do São Francisco, pois esta, já se qualifica como produtora de vinhos atendendo a todos os requisitos territoriais, técnicos e comerciais que estabeleçam precisamente suas atividades desenvolvidas com tipicidade, como por exemplo: a delimitação do território geográfico, característica de clima e solo definidas, produção vitivinícola exclusiva e com desempenho comercial relevante, caracterização dos vinhos elaborados em sua composição físico, química e sensorial, intitulados vinhos tropicais, gestão da produção de uvas específicas e qualitativas para a região, um corpo regulamentador das práticas envolvidas, entre outros fatores.
A região do Vale do São Francisco já tem um reconhecimento em nível internacional na produção de vinhos devido a suas características exclusivas, usufruindo de 2,5 safras anuais em um clima semiárido-tropical que resultam em vinhos que trazem referência e qualidade local. A IP tem importância pois outorga a vinculação da região ao produto, garantindo ao cliente ou consumidor a origem do que está sendo comercializado, pois o selo ali empregado na garrafa identificará o elo, assumindo uma qualidade positiva que foi anteriormente julgada por um corpo analítico regulamentador do IP do Vale do São Francisco, assim consequentemente resultará em maiores vendas, interesses e investimentos na região, crescimento socioeconômico e o fortalecimento da vitivinicultura no Nordeste.
O POVO: O grupo tem investido em novas linhas para além do seu rótulo clássico, a ideia é trabalhar com vinhos para públicos variados?
Maria Braz: Sim, hoje elaboramos suco de uva integral, coquetéis de vinho e vinho de mesa que são as principais demandas mercadológicas do setor no Brasil em razão de fatores sociais, culturais e econômicos. Porém, está sendo observado uma mudança desse cenário em que o brasileiro vem demonstrando interesse por vinhos finos. Para entusiasmar esse fluxo estamos elaborando esse estilo de vinho, como também projetando a introdução de novas embalagens para atender tanto públicos alternativos, como também aos mais exigentes.
Chablis Louis Latour é sempre uma excelente pedida para dias ensolarados, pois propõe requinte e frescor ao momento.
Para churrasco, um DV Catena Malbec, volumoso, intenso e macio no paladar.
Cortes bovinos iria com Máximo Boschi Biografia, Merlot. Está no top 5 dos meus favoritos.
LA Jovem Rosé - Vinho nacional e vibrante, da variedade Syrah, saboroso e versátil e até as cores harmonizam.
Uma segunda opção seria o Mimi en Provence, da região dos grandes rosés franceses.
E.Guigal Crozes-Hermitage. Vinhos franceses são envolventes e românticos.
Champagne é sempre marcante. Tenho bastante afetividade pela marca Perrier Jouet, pela simbologia floral e delicada.
O espumante nacional Cave Geisse Extra Brut também é uma das minhas preferências para momentos especiais.
Patriciana e David Rodrigues escolheram um fim da tarde na praia do Barro Preto, onde os pais dele, Fernando Rodrigues e Inês, têm casa de frente ao mar, para renovar votos e comemorar seus 20 anos de união. Momento de fé e romantismo foi seguido de brinde restrito às famílias e alguns amigos. Seguem registros com o desejo de felicidades ao casal...
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