
É editor de cultura e entretenimento do O POVO. Sua coluna, publicada todos os dias, trata de economia, política e costumes a partir de personagens em evidência no Ceará, no Brasil e no mundo.
É editor de cultura e entretenimento do O POVO. Sua coluna, publicada todos os dias, trata de economia, política e costumes a partir de personagens em evidência no Ceará, no Brasil e no mundo.
Em New York para agenda de visita a museus, galerias e espetáculos musicais, Igor Queiroz Barroso e Aline foram a um show intimista de Bono Vox, vocalista do U2, chamado "Stories of Surrender".
A apresentação era "Phone-free".
Plateia recebe na entrada uma bolsa onde os celulares são trancados. Cada um permanece com seu aparelho dentro de um invólucro e o dispositivo do lacre só é liberado após o fim da apresentação. Ou seja, as lembranças ficam apenas na memória que, na verdade, é o grande HD interno da vida. Somos enterrados apenas com os sentimentos que conseguimos experimentar e acumular, ninguém leva iPhone no caixão.
Para além dos direitos de imagem que podem ter motivado o artista a fazer essa exigência, fiquei pensando em como o ser humano é perito em esgaçar modelos e sistemas e, depois, precisa criar estratégias que revertam o estrago.
Na natureza isso é de praxe, desmata e depois precisa fazer replantio de milhares de mudas, novas leis e outras ações. Mas vejo aí, nesse lance do show, uma novidade no campo do comportamento e vinda de um astro internacional, ou seja, deve influenciar outros artistas...
Mergulhamos de forma tão profunda na vida digital, que a fruição da arte e a atenção na convivência com as outras pessoas estão completamente prejudicadas. É necessário um verdadeiro esforço, bem maior do que tempos atrás, para atingir o estado da presença plena nas situações. Quantas vezes minha filha mais nova, e imagino que os de vocês também, já me pediu para largar o celular quando estou com ela.
Último fim de semana fui a Recife para uma pauta e visitei o restaurante Vetro, do famoso chef Thiago Chiericatti, conhecido pela criatividade na reinvenção de pratos e no perfeccionismo da execução.
De fato, uma experiência incrível...
Mas enquanto estava lá sozinho, me esbaldando entre sashimis defumados com toques cítricos e drinks arrojados, precisei me policiar para vivenciar meu entorno, interagir, sentir os sabores e texturas que levava à boca mais do que executar a foto perfeita para o Instagram do jornalista.
Levantar o queixo, caído, de tanto olhar o telefone...
Voltar a ver as pessoas, o entorno, olhar a mim mesmo, já que, ao se perder por horas entre telas, deixamos de nos auto-observar.
Será que ainda somos boas companhias para nós mesmos? Já pensou nisso?
Daí que, nesse afã de voltar os olhos para o mundo dos humanos, vi quando chegou um casal belíssimo, mas que passou a noite discutindo na mesa.
Também as duas amigas, cinquentonas, querendo dançar a lounge music depois de uma garrafa de espumante, assanhadinhas... Três casais dividiam combos coloridos de sushi, mas a loira da ponta estava incomodada com o marido, que não parava de olhar o requebrado das outras mulheres no salão. Fiquei querendo estar numa mesa mista de onde se ouvia tantas gargalhadas gostosas, altas... Mas ninguém nem olhou para mim.
Bati um papo com a mixologista, da safra dos talentos autodescobertos no isolamento social, que me preparou mergulhos multissensoriais marcantes. Fui ficando, ficando...
Entre uma batida e outra, a música estava ótima, e eu já meio sorrindo de graça, me balançando na cadeira - só - ao som de "Baila Comigo" remix, da eterna Rita Lee, que infelizmente nos deixou ontem após uma vida intensa, plena, sempre presente e consciente de si mesma e das suas escolhas.
Agora ela vai, enfim, estar "longe de qualquer problema e perto de um final feliz", como diz a letra de "Flagra", observando as pistas terrestres dançando seus hits, sempre cheios de lições, de mensagens para cima...
Na verdade, o céu que se prepare, porque chegou uma roqueira autêntica por lá...
Vamos ficando por aqui, tentando que nossas vidas sejam menos algoritmos e mais emoções verdadeiras... Seria maravilhoso poder vê-la mais vezes no palco, e num show "phone-free".
"Se, por acaso eu morrer do coração, é sinal que amei demais", Rita Lee Jones.
Flores brancas...
Vice-reitora de Ensino de Graduação e Pós-Graduação da Unifor, Maria Clara Bugarim tomou posse, nesta segunda-feira, como presidente do Comitê de Integração Latino Europa-América (Cilea), associação que reúne organizações profissionais em Economia e Contabilidade de países europeus e americanos com raízes latinas, representando mais de um milhão de profissionais. Eleita por unanimidade ao cargo, durante Assembleia Geral da entidade, a cearense é a primeira mulher a presidir a instituição e ficará no comando durante o biênio 2023/2024.
Chapeleira Jomara Cid apresenta coleção especial voltada ao Dia das Mães. Para apresentar as belas peças, sete mães clientes posaram para as lentes do fotógrafo Sérgio Filho, dentre as quais a decoradora Branca Mourão, muito reconhecida também por sua elegância e bom gosto. Na foto, usa o chapéu Palheta Glam, modelo versátil e de puro charme.
Galerista e artista visual José Guedes abriu sua Casa D`Alva para prestigiada manhã de vernissage da exposição Jardim Interior, do artista plástico Roberto Galvão. Muitos nomes de expressão, sobretudo das artes, compareceram. Seguem presenças...
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