É editor de cultura e entretenimento do O POVO. Sua coluna, publicada todos os dias, trata de economia, política e costumes a partir de personagens em evidência no Ceará, no Brasil e no mundo.
A memória e as contribuições sociais e jurídicas deixadas por um ilustre cearense acabam de ganhar uma obra literária que resguarda, numa linguagem objetiva e acessível, embora riquíssima de referências bibliográficas e históricas, o legado do ex-ministro e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), cearense José Linhares.
Quem resgata a trajetória é a desembargadora federal Germana Moraes (vice-presidente do TRF-5ª Região), que foi convidada pela presidente do STF, ministra Rosa Weber, para assinar o livro sobre o magistrado conterrâneo.
Publicação integra a série "Memória Jurisprudencial", iniciativa do STF, que desde 2006, então sob a presidência do ministro Nelson Jobim, compila a história, o perfil, as principais decisões de membros daquela Corte seguidas por comentários jurídicos de magistrados de reconhecido valor e importância na vida acadêmica e na Justiça brasileira.
"Conhecer a história do Supremo é conhecer uma das dimensões do caminho político que trilhamos até aqui e que nos constituiu como cidadãos brasileiros em um regime constitucional democrático", escreve Nelson Jobim num dos textos de apresentação do livro.
Acerca da coletânea, ministra Rosa Weber assinala: "Constitui valiosa oportunidade de refletirmos sobre a trajetória da interpretação constitucional no Brasil, na defesa da supremacia da Constituição e da integridade da ordem jurídica, em busca da realização da justiça e da efetividade dos direitos fundamentais".
Obra, lançada em solenidade no Salão Branco do Supremo, último dia 14, está dividida em três partes como explicou a autora em entrevista à coluna. Na primeira, a trajetória biográfica do perfilado e sua importância para o Judiciário e o acúmulo do conhecimento jurídico no Brasil.
O segundo bloco traz textos da autora, juíza há 32 anos e professora de Direito Constitucional, comentando algumas das principais decisões tomadas por José Linhares na magistratura. Livro finaliza com os acórdãos de José Linhares citados por Germana Moraes.
Nascido em 1886, na fazenda Sinimbu, distrito de Guaramiranga (Baturité), José Linhares finalizou os estudos no Liceu do Ceará, de onde partiu para fazer faculdade de Medicina no Rio de Janeiro, curso que acabou sendo trocado pelo Direito durante a residência em Recife (PE).
A formação iniciou na Faculdade de Direito de Recife e terminou na Escola de São Paulo em 1908, de onde inicia uma carreira de reconhecimento e ascensão, terminando por ocupar a Presidência da República. Com a deposição de Getúlio Vargas, o cearense assumiu, na qualidade de Chefe do Poder Judiciário, a Presidência do Brasil em 30 de outubro de 1945, permanecendo no cargo até 31 de janeiro de 1946.
E é neste ponto que a desembargadora e autora chama atenção: "José Linhares realizou a obra monumental de pavimentar os caminhos de volta da democracia no Brasil após o período ditatorial. Demoliu os alicerces jurídicos do Estado Novo. Honrou sua origem na magistratura e sua atuação de Juiz-Ministro, precipuamente, defensor dos direitos e garantias fundamentais assegurados na Constituição", destaca Germana, que vê na obra um documento de interesse e pesquisa para colegas de magistratura, acadêmicos de Direito e História na docência e discência, assim como por aqueles que se interessam por compreender o Brasil de hoje, mergulhando os essenciais capítulos do percurso que nos trouxe até aqui.
Durante o processo de escrita da obra, a autora contou com o apoio de pesquisadores do Supremo e da vida de José Linhares, assim como teve contato com algumas netas do ministro, que doaram, a partir do diálogo com Germana, peças que pertenceram ao avô para o acervo do STF.
A caminho de Brasília, onde participa nesta quinta-feira da posse do novo presidente do Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, assim como da despedida da ministra Rosa Weber, que se aposenta da função, Germana Moraes fortalece o coro dos que defendem equidade de gênero na distribuição de assentos nos tribunais entre homens e mulheres.
"Desde quando assumi como juíza, há na magistratura brasileira, vista de forma global, um percentual maior de mulheres, mas à medida que as funções vão subindo nas instâncias, como nos tribunais superiores, há uma queda grande de presença de nós mulheres nos tribunais", diz a desembargadora, para quem a cadeira de Rosa Weber deve ser destinada a uma mulher.
Quem se interessar pelo livro, de valor histórico e jurídico inquestionável, pode baixar a versão em pdf pelo link: https://encr.pw/YTXS5. A autora programa um lançamento em Fortaleza, ainda sem data.
Modelo desde os anos 90, quando despontou em carreira internacional ao lado de nomes como Cássia Ávila e Silene Zepter, a apresentadora Isabella Fiorentino retornou às passarelas da Semana de Moda de Paris em grande estilo. A beldade desfilou para a grife Pierre Cardin, que apresentou, em fashion show cheio de ares futuristas, a coleção spring-summer 24. Ela brilha!
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Demi apresentará o tema "Panorama crítico dos desafios e conflitos da vida digital no Brasil; para onde vamos? A dimensão do Brasil no universo digital: limites e oportunidades". Além disso, conversará sobre o assunto com Luiz Alberto Saboia (presidente da Citinova) e Nickson Ckayo (pesquisador de IA e escritor).
No encontro híbrido, com público presencial e remoto, os impactos da Inteligência Artificial na vida das pessoas, dos negócios, dos países, das cidades, da educação e da medicina serão abordados. Será uma tarde inteira de conhecimento, dirigido a gestores e líderes com os mais relevantes palestrantes e pensadores da atualidade.
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Allexandre Montenegro e Andréa Rios reuniram família e turma jovem, em noite cheia de tons dourados, para comemorar os 18 anos das gêmeas Maria Cecília e Maria Eduarda, que posam com os papais na foto.
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