
É editor de cultura e entretenimento do O POVO. Sua coluna, publicada todos os dias, trata de economia, política e costumes a partir de personagens em evidência no Ceará, no Brasil e no mundo.
É editor de cultura e entretenimento do O POVO. Sua coluna, publicada todos os dias, trata de economia, política e costumes a partir de personagens em evidência no Ceará, no Brasil e no mundo.
Então, é Natal.
Já escrevi e repito: essa sensação de que o tempo corre mais rápido no fim do ano é, muitas vezes, sufocante. Nem mesmo com todas as estratégias mentais e comportamentais a gente consegue fugir desse apertinho no peito (ou não para os felizardos e frios) causado pela Simone cantando "Então, é Natal!" na fila das Lojas Americanas.
Esses dias ouvi um trecho, numa dessas esperas dezembrinas, e me chamou atenção o seguinte: ela, a Simone, já inicia a canção com uma cobrança:
"Então é Natal, e o que você fez?"
Gente, isso me deu um nó no juízo!
Enquanto a fila avançava, comecei a lembrar da minha lista de pendências pessoais, introjetadas, cheias de cobranças minhas e ainda das socialmente impostas.
O parente idoso não visitado, a ajuda que prometi à ONG da colega, os amigos da escola que tentam, desde outubro, marcar uma confraternização.
Tem ainda os livros, que não tiro da cabeceira, mas cujas lombadas, com os títulos, ficam me observando com um olhar crítico sempre que os troco pelo "sono dos justos", como chama a Bíblia. A meta de ler um por mês, mais uma vez, ficou para trás.
O balanço financeiro do ano, que deveria, segundo a promessa de dezembro de 2022, ter sido todo no azul, mas não rolou, vermelhou novamente.
Daí que olhei para um freezer, daqueles que ficam próximo dos caixas, e vi o refri zero açúcar, da cota dos venenos diários maravilhosos de sentir. Desejei. Foram mais doze meses sem conseguir largar. Culpa, muita culpa.
O que foi que eu fiz, Simone?
Sei lá... Estou aqui no time dos sobreviventes de uma rotina cada vez mais acelerada e cheia de cobranças.
Interessante que esse zumbido de autojulgamento se deu exatamente no dia em que Lívian Aragão, a filha do Didi Mocó, vestiu seu terninho branco e atacou de coach motivacional.
A ex-atriz quebrou a Internet (negativamente) numa palestra onde ela questionava à plateia o que eles têm feito de suas próprias vidas, já que o sol, segundo ela, "nasce para todos", desconsiderando, portanto, o fato de ter nascido como filha de um dos artistas mais famosos e bem pagos do Brasil.
Ao mesmo tempo em que lia os comentários nas redes sociais, de pessoas indignadas com a abordagem (insensível e rasa) da jovem, me dava conta de como nutrimos, nos últimos anos, o sucesso de uma série de profissionais que ganham fortunas apontando o dedo em nossas caras para cobrar, indicar, definir, impor o caminho correto, vender uma fórmula pasteurizada de vida perfeita, bem instagramável.
E pior, sofremos por não alcançar na tal realidade incrível e ultraprodutiva durante dias, os anos.
Aproveitei esse ínterim de pensamentos paralelos, quase um transe cronológico, embalei tudo numa versão "pimeiro eu" e fiz o seguinte...
Peguei minha bebida gelada e sem calorias, acrescentei um chocolate meio amargo e um panetone para o café da manhã (com manteiga na chapa), paguei minha conta e, no último refrão da supracitada Simone, antes de deixar a loja, respondi mentalmente para ela e para o mundo.
- "Então é Natal, e o que você fez?".
- Lamento, querida cantora, mas não é da sua conta e nem da ninguém. Boas Festas!
Ainda em tempo de publicar, justo registro de Wolney Oliveira, diretor do Cine Ceará, com a atriz a Patrícia Pillar, durante a 33ª edição do festival de cinema, encerrado no início de dezembro na Capital.
Atriz compareceu à noite de abertura do evento para entregar o Troféu Eusélio Oliveira a um dos cinco homenageados desta edição: o roteirista pernambucano George Moura, autor de séries de sucesso como "Onde Está Meu Coração", "Amores Roubados" e "O Rebu".
A 33ª edição do Cine Ceará, vale destacar, teve mais de 80 filmes, entre produções cearenses, nacionais e internacionais e contou com o dobro de longametragens em relação à edição anterior. Em 2024, a 34ª edição festival já tem data: de 21 a 27 de setembro.
...E quem atraiu todos os holofotes (como de costume) na festa de fim de ano da Hering foi a multicultural Sabrina Sato. Trajando estampas da nova coleção da marca, mas num modelito exclusivo para o momento, a japa mostrou que, de básico, a label não tem nada - ou quase nada! Atrações musicais da noite foram Zeca Pagodinho em dueto com Marisa Monte, numa verdadeira homenagem à música brasileira.
Selaram união, no Solar Real (RJ), a cearense Erika Prado com o norte-americano Adam Schnitzer, ela executiva do Google e ele do Facebook. A noiva é filha de Olga Prado e, portanto, neta de Nanzinha e José Prado que, na ocasião, celebraram suas Bodas de Ametista. Na foto, noivos recebendo chuva de lavanda na esquerda por Olga e na direita do pai dele, Mark Schnitzer com Kay Schnitzer.
Evento já tradicional nos meses de dezembro, a Casa da Vovó Dedé realizou, último dia 15, a Cantata da Esperança, recital beneficente em prol da entidade social, que atende crianças e jovens de áreas carentes da Capital, com a oferta de formação em música e outras artes.
No palco, orquestra sinfônica, um coral, solistas e cantores encantaram a plateia, formada por alunos, ex-alunos, convidados e amigos da instituição, com destaque para o casal Igor Queiroz Barroso e Aline, apoiadores do espetáculo. Na coordenação, Wagner Barbosa. Registros...
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