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"E no silêncio do escuro do quarto, ando revendo nossos velhos retratos..."
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É editor de cultura e entretenimento do O POVO. Sua coluna, publicada todos os dias, trata de economia, política e costumes a partir de personagens em evidência no Ceará, no Brasil e no mundo.

Clóvis Holanda comportamento

"E no silêncio do escuro do quarto, ando revendo nossos velhos retratos..."

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Ricardo Chaves e hit
Foto: Globo/Ze Paulo Cardeal Ricardo Chaves e hit "Acabou", dos anos 90, puxam a crônica da vida real na coluna

Do nada, completamente, acordei lembrando dos tempos áureos do cantor Netinho, ali pelos anos 1990-2000, quando cantava o hit "Estrela Primeira (Amor, Eu Fico, 1996)" e aquele refrão com um convite explícito: "Tô na varanda amor, me pega nos braços, me leva pra cama que eu vou". Ui!

Hoje virou cristão da extrema direita e deve achar um pecado essa letra que, nos tempos atuais, pode até gerar processo por assédio sexual. 

Mas nesse joguinho - de rala e rola -, às vezes com amor, noutras nem tanto, repercutiu na coluna de ontem lances envolvendo personas públicas que andam circulando em novas companhias, tema sempre em alta nas varandas. 

É bom ver gente feliz, recomeçando, e ponto final! Mas sempre que me chega o anúncio de uma separação, lembro-me de um amigo que, até hoje, luta para fazer a ex compreender que acabou, como cantava Ricardo Chaves. "E no silêncio no escuro do quarto, ando revendo nossos velhos retratos, e agora vem você dizer. Acabou, acabou. Acabou, acabou". 

Por ocasião do desquite (é o novo), ela, a ex do meu conhecido, decidiu dividir o enxoval de banho para que ele seguisse seu rumo. Astuciosa - e inconformada - ela fez o seguinte, ficou com as peças neutras e separou para ele toda a coleção de toalhas com a barra de crochê que a mãe dela havia bordado durante meses antes do casamento e gravado, em tom de vinho, as iniciais dos pombinhos no meio de um coração. 

Em outras palavras, ela decidiu que ele carregasse, para a nova fase da vida, peças com profundo caráter simbólico, um brasão - com a carga da eternidade - carimbando as letras dos noivos. Ele olhou, entendeu a mensagem, começou a imaginar possíveis constrangimentos quando passasse a receber "visitas" com segundas intenções e decidiu: seriam os panos de chão da casa. 

Arrancou aqueles inúteis bicos bordados, que adoram enganchar na máquina de lavar, cortou as peças ao meio, jogou na água sanitária para desbotar as letras de um passado recente, mas já tão distante e, vez por outra, também num gesto metafórico - e terapêutico - esfrega os pés sujos da rua bem em cima das letrinhas. Diz que coloca força, energia, descarrego, mas a "gata" não desiste. 

Ja pensou se ela tivesse um "First Mile", o aparelho que vem causando furor na cena política nacional? Assim como teria feito a Abin com figuras públicas, conforme investigação da Polícia Federal, ela acompanharia cada passo do ex, ainda amado. Veria as ligações, as trocas de foguinhos nas redes sociais, nudes, talvez. 

Repararia nas novas mulheres, nos "contatinhos", como chamam hoje em dia. Raio-X no mínimo detalhes. Celulites, estrias, rugas, deslizes de estilo, posturas questionáveis. Coitadas, seriam elencadas numa arapongagem movida ao ranço do ex-amor, sentimento que é primo legítimo do ódio. 

Teria vingança? No caso deles não que eu saiba, ainda, mas no da "Abin Paralela", tudo leva a crer que o artefato da arapongagem institucional alimentou conteúdos estratégicos nas redes de oposição aos adversários políticos dos envolvidos. 

E só para manter nosso papo em clima de ringue e polarização, uma amiga vai celebrar aniversário em breve e enviou o convite com o horário 17h13min, numa menção evidente ao número do atual presidente, do qual é adicta.

Amigos do outro lado estão em dúvida se faltam ao evento, em forma de retaliação à postura da anfitriã, ou se organizam uma caravana para chegar em grupo às 17h22min (número de Bolsonaro), em mais uma expressão de que a politicagem - barata - em vigor no Brasil conseguiu transformar pessoas adultas em marionetes imaturas e sem senso crítico. 

O vídeo de Joice Hasselmann usando o meme do "toc toc toc, é a Polícia Federal" para ironizar a operação contra Carlos Bolsonaro não é surpreendente, ela é fruto dessa política do ódio e do caos digital, mas o Governo Federal ter usado do mesmo argumento figurativo em suas redes sociais, mesmo que dissimulado com outro conteúdo, causa espécie. 

Vou na festa e depois conto como foi a encenação... Mas estava pensando... e isso vale tanto para os apaixonados por Bolsonaro e Lula, quanto para as pessoas que não conseguem superar o fim de uma relação...

Às vezes, o envolvimento afetivo é tão profundo, dominou tantas áreas da mente, do coração, das expectativas e anseios mais íntimos, que o sujeito opta por não encarar a realidade como ela é. Abrir os olhos acarretaria no risco de quebrar o último fio que ainda liga as duas partes, restando apenas o temível vazio e a decretação, para si mesmo, de um fim. 

Flores... 

TCE: nova linguagem

Rholden, Giovana, Catarina e Isac Queiroz(Foto: JoaoFilho Tavares)
Foto: JoaoFilho Tavares Rholden, Giovana, Catarina e Isac Queiroz

Empossado em meados de janeiro como novo presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Rholden Queiroz pretende incluir o órgão no Projeto Comunica, iniciativa entre os tribunais do País no intuito de deixar a comunicação desses órgãos mais simples e acessíveis a todos. Um dos focos da medida é estimular o cidadão a exercer o controle social. Na foto, de posse, posa com esposa Catarina Portela e os filhos Giovana e Isac. 

Madrinha da cocaína

Sofia Vergara é Griselda em nova série da Netflix(Foto: ROMAIN MAURICE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / GETTY IMAGES VIA AFP)
Foto: ROMAIN MAURICE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / GETTY IMAGES VIA AFP Sofia Vergara é Griselda em nova série da Netflix

Em alta na Netflix Brasil o seriado "Griselda", estrelado pela atriz Sofia Vergara. Na trama, baseada em fatos verídicos, ela interpreta Griselda Blanco, considerada uma espécie de versão feminina do mítico narcotraficante Pablo Escobar. 

Atuando com muita intensidade e internacionalmente nas décadas de 1970 e 1980, estima-se que Griselda tenha conseguido movimentar, por mês, cerca de US$80 milhões com o tráfico de coca.

Após 20 anos de prisão, na Califórnia, foi solta e deportada para a Colômbia onde acabou sendo assassinada. Na foto, Sofia na première da obra.

Entre amigos 

Mana e Manoel Holanda reuniram amigos, no último dia 21 de janeiro, comemorando os 84 anos do anfitrião. Com a residência do casal, nas Dunas, decorada por Jacaúna Aguiar e elogiado buffet do chef Rafael Sudatti, as conversas evoluíram do almoço ao início da noite. Deslize para presenças... Mais fotos em @pauseopovo, perfil da coluna no Instagram e na página especial dos domingos. 

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Últimas... 

Vereador Pedro Matos foi homenageado pela Fundação Cultural Nipônica Brasileira por ocasião do Sana Fest 2024, no Centro de Eventos. Reconhecimento se deve aos trabalhos legislativos realizados na Câmara Municipal em prol do evento. 

Moura Dubeux apresenta nesta quinta-feira, 1º, às 8 horas, no Hard Rock Café, o Beach Class Cumbuco, o novo empreendimento pé na areia da incorporadora.

Serlares lança o "Menu Easy", nova solução de refeições coletivas para o mercado corporativo. São  refeições ultracongeladas com estações com micro-ondas, airfryers, freezers e uma diversidade de lanches, picolés, bebidas e snacks.

Grupo Gerardo Bastos apresenta um programa exclusivo em Fortaleza denominado "Tyrelife", oferecendo proteção estendida para pneus da marca Pirelli.

 

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