
É editor de cultura e entretenimento do O POVO. Sua coluna, publicada todos os dias, trata de economia, política e costumes a partir de personagens em evidência no Ceará, no Brasil e no mundo.
É editor de cultura e entretenimento do O POVO. Sua coluna, publicada todos os dias, trata de economia, política e costumes a partir de personagens em evidência no Ceará, no Brasil e no mundo.
É tão complicado....
...nunca tivemos tantos meios de nos comunicar mas, ao mesmo tempo, estamos imersos num permanente conflito comunicacional. Explico...
Como o whatsapp (ainda) não transmite sentimentos por texto e tornou-se inadequado o envio de áudios, com uma certa recorrência nos pegamos tentando traduzir as intenções do que as pessoas nos escrevem, seja no viés pessoal ou no mundo corporativo.
Parêntese: videochamada só quando existem sentimentos intensos em curso, ou seja, amantes (verdadeiros videomakers do prazer à distância), filhos sempre, parentes muuuuuuuuuuuuuito queridos (espécie rara) que estejam vivendo em outra cidade ou país, e mais algumas outras categorias, poucas.
Pois bem... No ambiente de trabalho, as palavras precisam ser calculadas com a precisão de um microscópio, com direito a "Bom dia, como vai, tudo bem, você estava ótimo na última apresentação, grande liderança, etc e tals". Se for direto ao assunto e, pior, transparecer qualquer desconforto ou mal estar, isso pode ser interpretado de uma forma diferente da intensão e se tornar mais um micro-abacaxi para descascar.
Entrando no pessoal, eita, aí o bicho pega...
Um amigo, casado, começou a seguir e a ser seguido por uma "new friend" das redes sociais - sempre elas, as amigas e as redes.
Ao aceitar a amizade e passar a acompanhar a moça, recebeu a seguinte mensagem:
- Seja bem-vindo ao meu mundo.
Casado, leal e desacostumado com essa intensidade no trato com semi-desconhecidas, ficou sem saber como responder. Coitado, bastava mandar um daqueles ícones com foguinho, por onde tudo começa... A fogueirinha, sabem?
Um outro amigo, esse separado, pegador, habitué das redes, leu no inbox:
- Gosto do seu conteúdo por INTEIRO.
A fala chegou seguida de uma boquinha, gif, como um beijo, vendo pela mais pudica das intenções. Veio me perguntar como interpretar o "por INTEIRO", assim, com caixa alta, e a boquinha, e eu sei lá... Te vira.
Aliás, falando em bocas, onde vamos parar com essa paranoia, hein? Tornou-se outro problema de comunicação. A turma tem exagerado tanto no modelo biquara (é o novo), que a gente nem se concentra quando vai conversar, vendo os movimentos dos lábios completamente inchados e calculando os ml e o valor pago pela deformação. Que doideira, mais uma de tantas... E, nesse quesito, loucuras...
...não falarei mais em bebês reborn porque até para hospício tem limite, gente, arrumem outra polêmica, outro meme, esse já deu o que tinha de dar.
Pulando dessa para outra fogueira...
...ouvi por esses dias: "fulano, tu estás tão alinhado, que parece esse pessoal que desviava bilhões dos aposentados do INSS" - rs.
Que escândalo, só piora.
O Brasil é um karma coletivo, vamos nos apegar nisso. Se existir reencarnação, voltaremos mais evoluídos e, com sorte, em um outro país... mas até lá, preparem-se que está quase começando o São João e, desse aí, eu gosto demais. É a fogueira que ninguém se queima. Será?
Vejam vocês, prefiro observar (sem julgamentos) o "arraiá" com meu pratinho de comida típica em mãos... Nas próximas mensagens de intenção dúbia, peçam a ajuda da "IA", ela parece entender mais dos humanos do que nós.
Flores...e bandeirinhas.
...E quem brilhou num dos red carpets mais glamourosos da Sétima Arte foi a atriz, modelo, apresentadora e empresária Dani Gondim. Linda por fora e mais ainda por dentro, quem conhece sabe, ela encomendou ao mestre da moda Kallil Nepomuceno um vestido que tivesse relação com o Nordeste. Dani é dessas figuras públicas engajadas, em tudo levanta as bandeiras nas quais acredita.
Da sua escrivaninha, de onde saem alguns dos vestidos mais aplaudidos - e copiados - da agenda social do Ceará, o estilista pensou na flor do mandacaru como inspiração, desabrochando... Daí que moldou a renda renascença num aramado artístico, tudo absolutamente manual. Franjas de seda e transparências nervuradas, também à mão, cobriam saia curta de renascença na parte de baixo. Fotógrafos do tapete, acostumados com brilhos e tecidos nobres, porém convencionais, foram arrebatados pela passagem da flor, ousada, estruturada, em movimento, exalando o cheiro do talento das mãos e da presença do Ceará. Aplausos, Dani e Kallil.
Quem diria que a regata, modelo machão cavada, peça crucificada por dez em cada dez manuais de estilo masculino, fosse capaz de causar tanto rebuliço - e suspiros internacionais. Galã da vez no Olimpo Hollywoodiano, o "sugar daddy" (coroa enxuto) Pedro Pascal foi assim, by Calvin Klein, para um dos compromissos no Festival de Cinema de Cannes. Bastaram segundos diante das câmeras para as fotos percorrerem o planeta e, sem dúvidas, ser uma das imagens de maior repercussão do evento este ano. O eclipse foi tamanho, que Emma Stone, Austin Butler e Joaquin Phoenix, com quem Pascal contracena no filme "Eddington", longa apresentado no evento, tornaram-se invisíveis. É, pois é...
Neto de Tânia Leitão, precursora do comércio de grifes de alta relojoaria do Ceará, como Cartier, que há décadas é representada por Tânia Joias, o jovem Davi Leitão tem se destacado como estudioso do mundo - fascinante - dos relógios de luxo, atuando como um curador-conselheiro dos clientes que investem nessas peças de alto valor agregado e eternas.
Assim, proferiu palestra em noite privê, na Maison da Fonseca Lôbo, voltada a homens colecionadores de relógios. Evento foi em parceria com a Criteria Fortaleza, com fala do diretor Diego Aguiar acerca do mercado financeiro.
Dentre as presenças, Josmario Cordeiro, Patriolino Dias, Irineu Guimarães, Gerson Cecchini, Patrick Lima,
Gustavo Macêdo, Alexandre Aderaldo, Paulo Angelim, Emmanuel Silva, George Vieira, David Aguiar, Diego Aguiar e Pierre Gutierrez.
Por mais um ano, O POVO está na cobertura do 78° Festival de Cannes, conhecido como o maior festival de cinema do mundo. O repórter Arthur Gadelha está na cidade acompanhando de perto os filmes, discussões e estreias no tapete vermelho. No último domingo, 18, participou da estreia mundial de "O Agente Secreto", filme pernambucano que representa o Brasil e a América Latinha na busca pela cobiçada Palma de Ouro. O trabalho pode ser conferido em todas as mídias do O POVO. Estilo não faltou ao meu competente colega.
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