
É editor de cultura e entretenimento do O POVO. Sua coluna, publicada todos os dias, trata de economia, política e costumes a partir de personagens em evidência no Ceará, no Brasil e no mundo.
É editor de cultura e entretenimento do O POVO. Sua coluna, publicada todos os dias, trata de economia, política e costumes a partir de personagens em evidência no Ceará, no Brasil e no mundo.
Toda família...
...tem essa pessoa. Geralmente é uma vizinha, uma tia ou uma prima que, por algum motivo, nasceu com um bom gosto acima da média, uma educação, um bom senso, uma visão do todo que só elas alcançam.
Essas pessoas opinam com propriedade sobre qualquer assunto no campo estético, da roupa do casamento à cor do carro novo - dos outros.
Na época recente em que dinheiro tinha algum valor, ali pelos anos 2005-2010 - saudades!!!! -, contratamos uma dessas figuras para nos ajudar a montar nossa sala de estar. Recém-casados, cheios de sonhos, vocês sabem como é...
Pois bem, tínhamos ganho de casamento um porta-retrato com relógio, trazido de fora por um amigo meu de infância. Ao retirar da caixa para mostrá-la, ela olhou fundo nos meus olhos, segurando o objeto de gosto duvidoso e decretou, até com certa rispidez: "Nada que é mais de uma coisa presta. Os objetos só podem ter uma função, grave isso".
Aprendi para sempre.
Na hora até achei meio cômico, mas depois passei a ser "perseguido" visualmente por objetos duplos, triplos, quádruplos...
Se eu fosse consertar um relógio de pulso, tinha uma luminária com fonte artificial, com "água" de led, no guichê. Para comprar meus suplementos alimentares na loja meio zen de produtos naturais (vida 40 é assim), preciso ouvir o mantra que sai da estátua de Buda-caixa de som.
O ápice: me ofereceram uma vez uma calça, modelo cargo, com zíperes na altura dos joelhos, que viravam bermudas, mas que também se transformavam num mochilão.
Lembrei disso esses dias, primeiro vendo o susto de uma cantora de forró, que quase sofreu queimaduras sérias no couro cabeludo por conta de uma escova modeladora, dessas que giram e esquentam, ou seja, fazem três funções. Mas acompanhando o noticiário, também acabo levando esse conceito de titia para as profundezas, polêmicas e dilemas da vida...
E já que estamos juntos no louco "Rolê BR", jogo para vocês as questões...
Afinal, a deputada federal Erika Hilton (PSol) errou ao contratar dois maquiadores, profissionais, como assessores parlamentares em seu gabinete?
Adoraria analisar esse caso como algo isolado, porque daí teríamos bastante fôlego para tecer a justa crítica, mas quem já circulou por Brasília sabe que, ali, de cima a baixo, quase nada é o que parece. O mesmo vale, em boa medida, para casas legislativas estaduais e municipais, com exceções, claro.
Os organogramas dos gabinetes são movidos por inúmeros interesses que passam longe da competência técnica, cenário no qual os "make artists", como se apresentam os "migles" de Hilton, são peixes pequenos, diria, inofensivos.
Não precisamos nem ir ao Rio de Janeiro, paraíso das milícias e derivados... (vide caso Marielle Franco). Aqui mesmo, no Interior do Ceará, vez por outra aparece um episódio no qual o principal acusado de um HOMICÍDIO, por razões políticas, é um assessor parlamentar, agindo em nome do representante eleito. Estou mentindo?
Vamos ampliar e piorar?
Nessa toada do "Vamos lá, um, dois, três/ Rancheira, um, dois, três", como diz a canção junina, em que momento específico, na história recente do Brasil, as funções institucionais do Executivo, Legislativo e Judiciário se misturaram, se confundiram, se trocaram, se fundiram até chegar no desenho que temos hoje? Quem faz o quê, como, por que?
Atualmente, quem legisla, também controla, administra e executa, sem prestação de contas a contento, o BIG orçamento. Quem julga, também legisla, opera, interfere. Quem executaria, patina, de pires na mão - que piada - nesse Baile (aliás, quadrilha, estamos em junho) de Sobreposições Institucionais.
Cadê a tia da cor do sofá, hein? Estamos precisando dela para organizar a Praça dos Três Poderes e suas ramificações pelo País. O cidadão comum não está mais entendendo é nada. Com toda razão.
E nós... bom, sobrou comer canjica simples antes que junho acabe, sem crocante de castanha, nem camada de leite condensado artesanal inventada por chef. "Nada que é mais de uma coisa presta". Será?
Flores...
Jubileu de Diamante
Com uma história enraizada no interior cearense, a Maranguape Laticínios celebra os 60 anos de uma trajetória marcada pela valorização do alimento fresco, incentivo ao produtor local e relacionamento próximo com o consumidor. A empresa estreou no setor lácteo em 1964, com a inauguração de sua primeira usina de pasteurização, iniciando a produção de leite e manteiga. Hoje, a Maranguape é liderada pelo presidente Wilson Rodrigues Filho e a diretora-executiva Bárbara Rodrigues, juntos na foto. Vida longa a essa importante empresa do Estado.
Trend
...E na Semana de Moda de Paris, desfile masculino da Saint Laurent, Spring-Summer 2026, reconfirma o que já tenho escrito aqui e já vemos nas ruas: o reinado é da alfaitaria, as composições são praticamente monocromáticas e os tons variam entre neutros, orgânicos, terrosos e azuis acinzentados, incluindo aí ainda as nuances de verde, como na foto, cor-star da temporada, junto com o marrom e os caramelos. A "animação" da cartela primária segue guardada no closet internacional. Se a moda fosse um livro, diria que estamos lendo "Uma Viagem ao Centro da Terra", obra clássica de Júlio Verne.
Reconhecimento
Diretor-geral da Câmara Municipal de Fortaleza, o advogado Emanuel Ângelo Pinheiro do Vale recebeu o Título de Cidadão Honorário de Fortaleza. Natural de Mombaça, homenagem ao servidor, muito enaltecido, à ocasião, por seus feitos em prol daquele Poder, partiu do vereador vereador René Pessoa (União) subscrita pelo vereador Leo Couto (PSB), presidente de Casa, além de outros edis. Seguem registros...
Beleza junina
Em clima de São João, mestre da beleza Walker Santiago agita seu requisitado e tradicional salão, na Rua Vicente Leite, com penteados, acessórios e produções para os arraiás. Clientes também são mimadas com os quitutes que marcam essa época do ano. Sucesso!
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