
É editor de cultura e entretenimento do O POVO. Sua coluna, publicada todos os dias, trata de economia, política e costumes a partir de personagens em evidência no Ceará, no Brasil e no mundo.
É editor de cultura e entretenimento do O POVO. Sua coluna, publicada todos os dias, trata de economia, política e costumes a partir de personagens em evidência no Ceará, no Brasil e no mundo.
Prestes a completar 90 anos, próximo dia 16, atriz Fernanda Montenegro chega à data com a força e a firmeza que sustentam sua carreira de sucesso. Vai estrear nos cinemas em outubro no longa A Vida Invisível, do diretor cearense Karim Aïnouz, acaba de lançar sua autobiografia e, na última semana, se viu em meio a uma guerra político-ideológica nas redes sociais em torno de seu nome. O motivo foram fotos e a entrevista concedida à revista Quatro Cinco Um, em que posa como uma bruxa prestes a ser queimada numa fogueira com livros, o que despertou críticas de Roberto Alvim, diretor da Funarte. A partir daí, começou o turbilhão na web... Em entrevista para o lançamento do livro Prólogo, Ato, Epílogo (Companhia das Letras), livro de memórias, ele abre o verbo.
"Há uma mentalidade de censura moral. Estamos nos transformando em um país conduzido por uma visão religiosa e, quem não apoiar, não terá nada. E a cultura tornou-se o primeiro item a ser revisto e, se possível, exterminado. A arte é demoníaca, e nós, artistas, somos o instrumento do demônio", diz.
Fernanda aponta, entre as causas da situação, a estrutura do sistema político que prevê reeleição. "O período militar durou 20 anos e foi marcado por mudanças no comando, mas o sistema era o mesmo, o que se parecia com uma reeleição", comenta. "Agora, com essa possibilidade prevista em lei, cada político que ganha uma eleição vê uma chance de manter seu partido no poder por 20 anos.Herdamos uma deformação política."
Mulher antenada com as evoluções sociais, Fernanda narra, no livro, como descobriu o feminismo, apoiado principalmente na leitura dos textos da francesa Simone de Beauvoir (1908-1986).
A autobiografia é repleta também de histórias curiosas. Como o momento mais marcante da carreira de Fernanda Montenegro: a consagração conquistada pelo filme Central do Brasil, de Walter Salles. O longa ganhou o prêmio máximo do Festival de Berlim de 1998, o Urso de Ouro. Empolgado, o júri daquele ano passou por cima do regulamento (que não permitia mais de uma honraria para uma mesma produção) e concedeu o Urso de Prata de melhor atriz para Fernanda.
O ofício sempre esteve em primeiro lugar, postura que lhe ditou os caminhos da arte, especialmente quando participou da fundação da Companhia dos Sete, ao lado de Sérgio Britto, Ítalo Rossi, Gianni Ratto, Luciana Petruccelli, Alfredo Souto de Almeida e Fernando Torres, seu companheiro, com quem viveu por 60 anos até sua morte, em 2008.
O livro traz a mensagem de uma missão bem executada, ainda que incompleta. Na última frase, Fernanda revela sua sensação de dever cumprido: "Tudo vai se harmonizando para a despedida inevitável. Inarredável. O que lamento é a vida durar apenas o tempo de um suspiro. Mas acordo e canto". (Com informações da Agência Estado)
Rumos do Nordeste em encontro do Lide
O desenvolvimento do Nordeste foi tema do Fórum de Desenvolvimento Regional Nordeste, encontro promovido pelo Lide Ceará em parceria com o Banco do Nordeste. Presidente do BNB, Romildo Rolim, fez a abertura, seguido de painéis com o ministro secretário especial de desburocratização, gestão e governo digital do Ministério da Economia, Paulo Uebel, e pelo diretor administrativo financeiro do Sebrae Nacional, Eduardo Diogo.
Gaída e Flávio Furtado: alegria em noite de união
Gaída Dias e Flávio Furtado selaram sua união religiosa noite do último sábado, com cerimônia no Seminário da Prainha, seguida de festa na Mansão Dias. A apresentadora e modelo Ana Hickmann e o marido Alexandre Corrêia estavam dentre os convidados. Seguem registros.
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