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Por um camarão mais acessível
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É editor de cultura e entretenimento do O POVO. Sua coluna, publicada todos os dias, trata de economia, política e costumes a partir de personagens em evidência no Ceará, no Brasil e no mundo.

Clóvis Holanda comportamento

Por um camarão mais acessível

FORTALEZA, CE, BRASIL, 17-03-2020: Christianny Diógenes, proprietária do Camarão Potiporã.  (Foto: Beatriz Boblitz/ O POVO) (Foto: Beatriz Boblitz)
Foto: Beatriz Boblitz FORTALEZA, CE, BRASIL, 17-03-2020: Christianny Diógenes, proprietária do Camarão Potiporã. (Foto: Beatriz Boblitz/ O POVO)

A conversa com Christianny Diógenes, diretora comercial da Camarões Potiporã, não poderia ter sido "temperada" com outro prato. Empresária, que tempos atrás apelidei de "Rainha do Camarão" aqui na coluna, serviu o marisco na versão alho e óleo. "Gostamos das receitas mais simples, que não roubam muito o sabor da proteína", disse ela. Filha do empresário Cristiano Maia - maior produtor de camarões do Brasil, presidente da Potiporã e da Camarão BR (entidade nacional de representação política da carcinicultura) -, Christianny sempre esteve envolvida com os rumos da atividade desde 2001, quando o pai entrou no setor. Formada em Direito, com doutorado em Direito Constitucional, atuou por alguns anos na vida acadêmica, mas a empresa cresceu e o pai a "convocou" para tomar pé no negócio da família. Para 2020, a empresa projeta uma produção entre 800 e 900 toneladas por mês de camarão. Seguem trechos.  

Quais os grandes desafios hoje no comércio interno e externo do camarão?

Christianny Diógenes: Alguns dos desafios do comércio interno é diminuir o custo de produção para tornar o preço do camarão mais acessível. O Brasil é imenso e tem ainda um potencial enorme de crescimento no que diz respeito ao consumo desta iguaria. E nós estamos indo buscar estes mercados. No que diz respeito ao mercado externo, atualmente, o Brasil não exporta camarão, toda produção de camarão é voltada para o mercado interno. Mas essa realidade pode mudar este ano com a alta do dólar e a espera de uma maior produtividade do setor. O desafio aqui são mais questões burocráticas de relação entre os países mesmo.

A Potiporã vem, nos últimos anos, realizando um programa de melhoramento genético e apresenta ao mercado o que seria um "novo camarão". Que produto é esse?

Christianny: Temos investido constantemente no desenvolvimento de pós-larvas mais resistente às enfermidades e que apresentem um crescimento mais satisfatório. O fato de possuirmos toda a cadeia de produção do camarão nos leva a essa constante busca por qualidade.

Qual a meta da empresa para 2020?

Christianny: Novas propriedades foram adquiridas e hoje o grupo Samaria Camarões (que é maior do que a Potiporã) possui quase 2000 hectares de viveiros (no CE e RN). A expectativa pra 2020 é que a nossa produtividade mensal, nas fazendas, seja entre 800 e 900 toneladas de camarão.

 

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