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Nova Beira Mar, velhos problemas
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Daniel Maia é professor doutor de Direito Penal da Universidade Federal do Ceará (UFC), sendo também advogado criminalista e colunista semanal do O POVO

Daniel Maia opinião

Nova Beira Mar, velhos problemas

Tipo Opinião

A avenida Beira Mar, um dos principais cartões postais da capital alencarina, vem passando por diversas reformas, as quais estão a transformando por completo. Entre as novidades trazidas pelas obras na Beira Mar estão: o alargamento da faixa de área; construção de novos piers, ou como falamos aqui em Fortaleza, espigões; nova iluminação, a qual possui recarga solar e não tem fios externos expostos; nova pavimentação ecologicamente recomendada no lugar do asfalto; instalação de câmeras de segurança; uma nova ciclovia e uma nova faixa para pessoas correrem e caminharem; além de novos quiosques.
A avenida mais famosa de Fortaleza, sem dúvidas, merecia essa nova configuração, a qual a tem deixado ainda mais bela, se é que isso é possível.
Entretanto, nota-se que diversos problemas que assolavam a antiga avenida Beira Mar continuam existindo nessa nova versão, tais como a grave ausência de lixeiras públicas pela orla e calçadão; o uso desordenado pelos ambulantes do espaço público, em especial dos ambulantes que vendem comida e água de coco, os quais se instalam onde querem, sem que se tenha nenhuma organização ou fiscalização mínima do Poder Público; o infernal e insuportável mau cheiro no quarteirão do Mercado dos Peixes, local que também parece entregue à própria sorte e a administração dos que ocupam os boxes, mas sem nenhum tipo de fiscalização sanitária da Prefeitura, o que explica o péssimo odor do local – aqui um aparte: tal Mercado é um dos locais com a vista mais bonita de Fortaleza, porém absolutamente sujo e mal cuidado, o que afasta muitos de usufrui-lo -; além da má conservação das estátuas e monumento público lá instalados, os quais estão na sua quase totalidade pichados ou danificados, a exemplo da estátua de Iracema, a virgem dos lábio de mel de José de Alencar.
Não se descarta a possibilidade de que esta crítica esteja sendo precipitada - mas certamente não é desarrazoada -, pois as obras de reforma da Beira Mar ainda não acabaram e tais defeitos podem ainda ser corrigidos, mas, de toda forma, fica aqui o alerta e a prévia cobrança à Prefeitura de Fortaleza para que não deixe de cuidar desses pontos que aqui citamos, para que assim a nossa nova avenida Beira Mar não continue tendo os velhos problemas de sempre.

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