Daniel Maia é professor doutor de Direito Penal da Universidade Federal do Ceará (UFC), sendo também advogado criminalista e colunista semanal do O POVO
Daniel Maia é professor doutor de Direito Penal da Universidade Federal do Ceará (UFC), sendo também advogado criminalista e colunista semanal do O POVO
A verdade é que nunca estamos seguros de nada!
Não importa quanto dinheiro você tenha, quanto músculos adquiriu, quantos livros leu, quantos amigos tem – ou acha que tem -, quanto diplomas conquistou, quantos likes recebe por cada postagem, etc. Tudo isso apenas serve para nos dar a pseudo impressão de segurança, a qual, na verdade, não existe, pois de repente, não mais que de repente, o destino pode fazer sua vida mudar completamente, como se ela tivesse sido atingida por uma míssil e “buummm”, algo inesperado tira você do eixo e muda tudo.
Você fica zonzo e, no mais das vezes, arrependido de ter perdido tanto tempo com bobagens, ao invés de ter vivido intensamente o que te fazia feliz. Essa é a vida. Simples e insegura assim.
Esse tema é tratado com propriedade por Alan Watts, filósofo da modernidade que atribui ao desejo que as pessoas tem de se sentirem seguras a principal causa de ansiedade e outras doenças da psique. Segundo Watts, e aqui tem a minha total concordância, vivemos pensando em se precaver de alguma desgraça que poderá nos atormentar no futuro e, assim, deixamos de aproveitar plenamente o presente.
Há também pessoas que passam boa parte da vida ligadas ao passado e da mesma forma deixam de aproveitar o presente, o qual tem esse nome não por acaso.
Mas, essa insegurança da vida tem o seu valor, se soubermos aproveitar a sabedoria que ela nos traz, e nos libertamos do cárcere mental que é a ideia de que podemos nos precaver de males que ainda não chegaram ou controlar tudo em nossas vidas.
Aliado a isso se compreendermos que a vida é como uma viagem de trem entre duas estações desconhecidas, a saber, a vida uterina e a morte, só nos restará aproveitar pela janela a própria jornada.
Por isso, a coluna de hoje termina como a frase, que alguns atribuem a Charlie Chaplin: “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”.
Vivam!!!
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