Daniel Maia é professor doutor de Direito Penal da Universidade Federal do Ceará (UFC), sendo também advogado criminalista e colunista semanal do O POVO
Daniel Maia é professor doutor de Direito Penal da Universidade Federal do Ceará (UFC), sendo também advogado criminalista e colunista semanal do O POVO
Esse artigo está sendo escrito faltando seis dias para as eleições presidenciais de segundo turno no Brasil, nas quais os Institutos de pesquisas apontam um equilíbrio consolidado nas intenções de votos para os dois candidatos.
De um lado Lula, o qual terminou na frente no primeiro turno, tenta agora conquistar os votos dos eleitores dos derrotados no primeiro turno, em especial Simone Tebet e Ciro Gomes. De outro lado, Bolsonaro se esforça para diminuir a verdadeira pisa (para usarmos termo bem nordestino) de votos que levou nos estados do Norte e Nordeste, em alguns deles obtendo abaixo de 30 por cento dos votos válidos, contra quase 70 por cento de Lula.
No Sudeste, Sul e Centro-Oeste Bolsonaro venceu, mas por diferença tão pequena que mesmo essas regiões concentrando os três maiores colégios eleitorais do país, não foi suficiente para levá-lo ao segundo turno na liderança.
A favor de Lula pesa o fator da histórica militância da esquerda, que raramente deixa de trabalhar em favor de seus candidatos até o último momento, bem como possui baixíssimos índices de abstenção.
Já Bolsonaro conta com o apoio dos dois Governadores já eleitos no Rio de Janeiro e em Minas Gerais e do candidato Tarcísio de Freitas, o qual lidera as pesquisas no segundo turno paulista, para angariar votos na populosa região. Aqui um fator histórico também anima os bolsonaristas: geralmente vence as eleições quem vence em Minas Gerais.
De um modo ou de outro, a história por si só não será capaz de eleger qualquer um dos dois candidatos. Qualquer deles que vencer terá que ter muita habilidade política junto a um congresso renovado e bem dividido, o qual tende, com essa nova formação, ser mais favorável ao Presidente Bolsonaro; bem como ser hábil para enfrentar uma oposição social da própria população de cercar de 80 milhões de eleitores que tiverem votado contra quem venceu. Nesse ponto, Lula parece levar vantagem.
Enfim, o equilíbrio entre os dois candidatos se mostra até mesmo nas dificuldades que ambos terão para governar e tentar diminuir o clima de extremismo político que toma conta do país.
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