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Jornalismo em tempos de coronavírus
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Jornalista (UFC-CE) e licenciada em Letras (Uece), é doutoranda em Linguística (PPGLin-UFC), mestra em Estudos da Tradução (UFC-CE), especialista em Tradução (Uece) e em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais (Estácio). No O POVO, já atuou como ombudsman, editora de Opinião, de Capa e de Economia, além de ter sido repórter de várias editorias. É revisora e tradutora.

Jornalismo em tempos de coronavírus

Tipo Análise

A cobertura de tudo o que se refere ao coronavírus tem desafiado o Jornalismo a cada instante. Assegurar o limite da abordagem sensata e não derrapar no sensacionalismo, entregar as informações com a qualidade a que se propõe e cobrar de governantes e demais autoridades a administração de uma crise jamais vista por esta geração são algumas das provocações com que deparamos.

Estuda-se nas faculdades, e reitera-se no mercado, o conhecimento sobre a cobertura das crises. É preciso lembrar, porém, que cada uma tem sua especificidade. Esta nos ensina a todos. Afinal, nenhum jornalista de Redação hoje em dia esteve na cobertura da gripe espanhola, em 1918-1919.

Estamos reaprendendo a fazer Jornalismo mudando a nossa própria rotina, mas contando o número de casos a subir, as formas de prevenção e as medidas duras do "isolamento social". Em época de streaming, insistentemente relembramos como lavar as mãos. O Jornalismo é mesmo dinâmico.

No O POVO, além da abertura do conteúdo a não assinantes, uma caixa de destaque no portal foi dedicada a material sobre o assunto além de criada uma página para reunir todo o conteúdo acerca do coronavírus (opovo.com.br/coronavirus). É perceptível que a quantidade de informações relacionadas à doença se elevou nos últimos dias, abarcando vários matizes. A pandemia é uma emergência que vai da sanitária à econômica, perpassando várias outras áreas. Há uma força-tarefa para intensificar a cobertura, compreensível para o momento.

Educação

De acordo com Erick Guimarães, diretor da Redação, uma série de medidas foi tomada para facilitar o acesso dos leitores ao conteúdo do O POVO. "Acreditamos fortemente na informação e na educação como formas eficazes de evitar a proliferação e atenuar os efeitos do novo coronavírus", justifica Erick. Entre as medidas, estão o lançamento de uma cartilha com dicas de prevenção contra o coronavírus, o envio de um boletim informativo (newsletter) exclusivo com notícias acerca do coronavírus, vídeos explicativos, o envio de notícias por WhatsApp e mudanças na programação da Rádio CBN (redução da programação dos esportes e ampliação do jornalismo relacionado ao vírus).

Além disso, a seção "Vumbó", com a agenda cultural da Cidade, deixa de ser publicada temporariamente. No Facebook, as pautas do programa "Conexão Nordeste Coronavírus", parte das ações da Rede Nordeste, que reúne O POVO (CE), Jornal do Commercio (PE) e Correio da Bahia (BA), têm abordado notícias relativas ao coronavírus.

O POVO tem feito, de fato, uma cobertura intensa e coerente com a situação. No portal e nas redes sociais, em que a atualização é feita de modo mais constante, é perceptível que a maioria das informações converge para o coronavírus e seus desdobramentos. No jornal impresso, o foco já é outro - as informações já trazem um tom de perspectiva sem se esquecer do factual.

É nítido, no entanto, que, talvez empolgados em estimular a audiência ao noticiar os fatos que fazem parte dessa dinâmica, não consigamos abranger outros assuntos também relevantes.

Além disso, ainda insistimos no uso da tarja "Urgente" em muitas das publicações nas redes sociais, o que pode acarretar no público um sentimento de pânico, em vez de nos preocuparmos em informarmos com a precisão e a objetividade, valores muito mais simples e úteis.

Precisamos investir em matérias relacionadas à saúde mental. A regra hoje é o - embora temporário - isolamento social, mas estamos bombardeados por um sem-número de informações alusivo ao coronavírus. Como manter o equilíbrio emocional? Há diversos comentários de leitores nas publicações esboçando pedido de socorro.

O Jornalismo também precisa abordar a vida real da população em situação de rua, dos moradores da periferia, dos vendedores ambulantes, dos comerciantes informais, da gente sem saneamento básico, para quem a internet nem chega. Demorar-se nas tensões políticas, na recessão econômica que se avizinha e no badalado home office é a orientação da vez, mas aproximar-se cada vez mais das pessoas, falando diretamente com elas e sobre elas, é um dos caminhos para combater a desinformação e, consequentemente, achatar a curva epidemiológica que nos ameaça.

 

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DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA,

DAS 8H ÀS 14 HORAS

"O Ombudsman tem mandato de 1 ano, podendo ser renovado por até três períodos. Tem status de Editor, busca a mediação entre as diversas partes e, entre suas atribuições, faz a crítica das mídias do O POVO, sob a perspectiva da audiência, recebendo, verificando e encaminhando reclamações, sugestões ou elogios. Tem ainda estabilidade contratual para o exercício da função. Além da crítica semanal publicada, faz avaliação interna para os profissionais do O POVO".

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