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Cenário de desigualdades entre homens e mulheres
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Economista, conselheira efetiva do Corecon-CE, especialista em gestão pública e consultoria empresarial. Presidente do Idese (Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Empreendedorismo) e professora universitária

Cenário de desigualdades entre homens e mulheres

No mercado financeiro, no trabalho ou no empreendedorismo, mulheres têm longo desafio pela frente
Tipo Opinião
Mulheres são as que menos investem (Foto: Firmbee por Pixabay )
Foto: Firmbee por Pixabay Mulheres são as que menos investem

Analisando o cenário das desigualdades entre homens e mulheres no Brasil, segundo a pesquisa da Associação das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (ANBIMA) que mostra detalhes sobre os hábitos de pessoas investidoras, contatou que só 28% das mulheres brasileiras investem e apenas 10% em produtos diferentes da poupança.

Esse dado retrata que a atuação feminina na sociedade ainda tem um longo percurso pela frente. Dessas mulheres que não investem, 71% alegam condições financeiras. 

Naturalmente, também alguns hábitos necessitariam ser alterados. Grande parte delas trabalham para subsistência exigindo toda a renda disponível, não sobrando quase nada para investir.

Se elas resolvessem investir hoje tem inúmeros profissionais, como assessores de investimentos, as corretoras oferecem produtos que não exigem gestão ativa da sua parte como os fundos de investimento, renda fixa e outros. Essa seria uma alternativa de alavancar seus recursos financeiros.

Diferença de renda

Levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que o rendimento médio mensal das mulheres no mercado de trabalho brasileiro é 21% menor que o dos homens..

A desigualdade de gênero no mercado de trabalho reafirma esse desequilíbrio em todas as esferas da
sociedade, sob a forma do machismo.

Nessa pesquisa também foi observado que um contingente de mulheres que ganha menos estão inseridas de forma precária e leva mais tempo em busca de colocação no mercado de trabalho. Isso acarreta uma complicação na renda das famílias, já que a maioria dos domicílios no Brasil é chefiada por mulheres. 50,8% tinham liderança feminina.

Dentro desse contexto, faz-se necessário mudar esse cenário reforçando políticas transversais de igualdade de gênero, raça e cor. Espera-se que as mulheres tenham mais voz na sociedade, via negociação coletiva e políticas públicas.

Empreendedorismo

Analisando o mercado do empreendedorismo observa-se que 42% das mulheres iniciaram seu negócio por necessidade, ou seja, para ter uma fonte de renda, segundo pesquisa realizada pela SumUp. Os segmentos de cosméticos e serviços de estética, roupas e acessórios, profissionais de saúde e produtos para pet são em sua maioria apontados por grande maioria.

Diante desses dados, constatamos que as mulheres ainda tem muitas barreiras para superar, mesmo diante de avanços ao longo dos anos. Nessa data, 8 de março, dia internacional da Mulher celebramos e na expectativa de alcançarmos em curto espaço de tempo resultados significativos e igualitários comparados aos dos homens.

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