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Amelinha: cantora celebra 75 anos com uma estrada de sorrisos de
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Marcos Sampaio é jornalista e crítico de música. Colecionador de discos, biografias e outros livros falando sobre música e história. Autor da biografia de Fausto Nilo, lançado pela Coleção Terra Bárbara (Ed. Demócrito Rocha) e apresentador do Programa Vida&Arte, na Nova Brasil FM

Marcos Sampaio arte e cultura

Amelinha: cantora celebra 75 anos com uma estrada de sorrisos de

Na segunda-feira, 21, Amelinha completou 75 anos. Numa homenagem aquém do seu merecimento, segue lista de discos
Tipo Notícia
Nascida em 21 de julho de 1950, Amelinha completou 75 anos na segunda-feira, 21 (Foto: Marcelo Castelo Branco/Divulgação)
Foto: Marcelo Castelo Branco/Divulgação Nascida em 21 de julho de 1950, Amelinha completou 75 anos na segunda-feira, 21

Flor da Paisagem (1977)

Quando ficou disposta a gravar o primeiro disco, Amelinha teve três propostas: Ednardo, Belchior e Fagner. Ela escolheu o último que a apresentou ao diretor da CBS, Jairo Pires. Juntos, definiram um repertório encabeçado pela faixa-título, parceria de Fausto Nilo e Robertinho de Recife.

Capa do disco Só forró (1994)
Capa do disco Só forró (1994)

Só forró (1994)

O nome do disco de 1994 entrega o estereótipo: cearense é para cantar forró. A produção é caprichada, mas o conteúdo é genérico. "Fruta madura" (1996) tem boas canções, mas a presença das programações empobrece o resultado. E segue com "Amelinha" (1998), que tenta aproximá-la de bandas como Magníficos.

Pessoal do Ceará (2002)
Pessoal do Ceará (2002)

Pessoal do Ceará (2002)

Tentando repetir no Ceará o sucesso do "Grande Encontro", esse álbum reuniu Amelinha, Ednardo e Belchior. O projeto revisionista conta com gravações inéditas - em estúdio - para "Terral", "Na hora do almoço", "Medo de Avião" e outras, além de duas inéditas. O disco saiu, mas tronou-se raridade e o grupo se afastou antes de fazer qualquer show.

Capa do disco Janelas do Brasil (2011)
Capa do disco Janelas do Brasil (2011)

Janelas do Brasil (2011)

Depois de 10 anos sem disco, Amelinha faz um disco só de voz e violões (tocados por Dino Barioni) e ganha fôlego renovado. A riqueza do disco está no simples, que acaba rendendo uma turnê bem-recebida e gerando seu primeiro disco ao vivo - que conta com participações de Zeca Baleiro, Fagner e Toquinho. As regravações de "Felicidade" (Jeneci) e "Ponta do Seixas" (Cátia de França) são inesquecíveis.

Capa do disco Romance da lua lua (1983)
Capa do disco Romance da lua lua (1983)

Romance da lua lua (1983)

Em 1982, "Mulher nova, bonita e carinhosa faz o homem gemer sem sentir dor" vira um clássico. No ano seguinte, o último disco produzido por Zé Ramalho traz algum cansaço, apesar da excelente faixa-título e de um time de músicos do nível de Radamés Gnattalli e Manassés.

Capa do disco Todo Mundo Vai Saber (2022)
Capa do disco Todo Mundo Vai Saber (2022)

Todo Mundo Vai Saber (2022)

O último disco lançado por Amelinha foi gravado 10 anos antes de chegar às plataformas, mas ficou guardado. São 12 faixas compostas por Caio Silvio e Ricardo Alcântara que mereciam ter chegado bem antes ao público. A balada "Todo mundo vai saber", o reggae "Noites de Verão" e a elegante "Noites do Rio" merecem estar entre as melhores da cearense. "Águas passadas", inclusive, remete à Amelinha dos 1970.

Frevo Mulher (1979)

A estreia foi boa, mas não garantiu a projeção. Dois anos depois, tudo mudou. Selecionando repertório para um novo disco, Amelinha conheceu Zé Ramalho, com quem teve uma parceria de vida e obra. A faixa-título virou febre e é um hino ainda hoje. Vale destacar ainda "Coito das Araras" (Cátia de França).

Porta Secreta (1980)

O terceiro disco abre com "Gemedeira", uma das melhores de Amelinha. Não bastasse, ela chama atenção no festival MPB 80 cantando "Foi deus que fez você". Ainda sob a batuta de Zé Ramalho, o disco traz composições de Leno, Vinicius de Moraes e Moraes Moreira.

Caminho do sol (1985)

A partir de "Água e Luz" (1984), Amelinha inaugura uma fase voltada ao pop radiofônico. O repertório fica mais lento. Em "Caminho do Sol", isso fica evidente, apesar da presença de um samba-enredo de Luiz Carlos da Vila e da temperadíssima "Vida boa" (Armandinho/ Fausto Nilo).

De Primeira Grandeza (2017)

Celebrando a memória do amigo que perdeu naquele ano, Amelinha dedica um disco inteiro à música de Belchior. São nove faixas em que se destacam o bolero "De primeira grandeza" e o arranjo épico de "Na hora do almoço". Produzido por Thiago Marques Luiz, o álbum tem ainda arranjo lisérgico em "Paralelas".

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