Sommelier internacional, professor de Gastronomia, mestrando em turismo gastronômico
Sommelier internacional, professor de Gastronomia, mestrando em turismo gastronômico
Na interseção entre culturas e sabores, encontrei uma jornada transformadora como chef de cozinha em uma viagem a dois deslumbrantes países do continente africano: África do Sul e Ilhas Mauricius. Estes Países de contrastes não apenas encantam com sua paisagem diversificada, mas também cativa através de sua rica herança culinária, revelando surpreendentes similaridades com as tradições brasileiras.
Nas ilhas Mauricius explorei os mercados e as feiras de alimentos locais e fui imediatamente envolvido pela abundância de ingredientes frescos e coloridos, muito similar às nossas feiras Brasileiras. Desde os vibrantes pimentões até às frutas tropicais exóticas, oferece uma variedade de produtos que ecoa os sabores familiares dos nossos mercados. Lá negociar é obrigatório.
No entanto, foi à mesa que verdadeiramente descobri as conexões entre as cozinhas africanas e brasileiras. A influência dos povos indígenas, europeus e asiáticos se entrelaça de maneira harmoniosa, criando pratos que celebram a diversidade e a criatividade culinária.
Assim como no Brasil, principalmente na região Nordeste, os frutos do mar desempenham um papel central na culinária de Mauricius, o uso de peixes frescos, lulas, camarões e lagostas são atrações em todos os restaurantes da ilha. Já na Africa do Sul, a carne reina absoluta, tanto em cozidos como nos assados, algo como o nosso churrasco. Os sabores intensos e os métodos de preparo são similares ao nosso, acrescenta-se apenas o uso de especiarias, principalmente a pimenta.
Além disso, as influências indígenas e coloniais se manifestam em pratos como o bobotie, feito de carne moída com especiarias e frutas secas, trazendo uma mistura única de sabores doces e salgados. O uso de cominho e coentro é presente em quase todos os pratos.
Enquanto mergulhava na rica diversidade da culinária Africana, também fui inspirado pela criatividade dos chefs locais, que reinterpretam ingredientes tradicionais de maneiras inovadoras e emocionantes. Pude conhecer o chef Kalloa, premiado chef indiano, que comanda as cozinhas do hotel 5 estrelas AMBRE, nas Ilhas Mauricius. Vi de perto o dia a dia de uma operação com mais de 200 funcionários trabalhando em perfeita harmonia. Lá vivi uma experiência ímpar durante jantar exclusivo preparado pelos chefs e degustado em sequência dentro da própria cozinha. Simplesmente inesquecível! Da releitura das comidas de rua ao prato mais sofisticado, cada refeição era uma celebração de sabores autênticos e técnicas culinárias excepcionais.
Em última análise, minha experiência como chef de cozinha na África não apenas ampliou meu repertório culinário, mas também fortaleceu minha compreensão das conexões globais entre as culturas através da comida. Ao encontrar as similaridades entre as cozinhas africanas e brasileiras, fui lembrado da capacidade única da comida para unir pessoas e transcender fronteiras, criando uma experiência verdadeiramente inesquecível.
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