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Editorial: A importância das eleições municipais
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Editorial: A importância das eleições municipais

Tipo Opinião

Intensifica-se a movimentação das forças políticas brasileiras rumo às eleições municipais, marcadas para daqui a quatro meses. O primeiro turno não mais ocorrerá em 4 de outubro, tendo sido deslocado para 15 de novembro, por causa da pandemia do novo coronavírus. Um total de 220 pré-candidaturas a prefeito já foram lançadas pelos principais partidos do País, nas 26 capitais. Provavelmente, esse número será reduzido pelas convenções partidárias a serem realizadas entre agosto e setembro. Cresce a convicção de que, mais do que nunca, o próximo pleito municipal será importantíssimo para a consolidação da democracia brasileira e para sua imunização contra ataques de eventuais vírus autoritários, sempre à espreita, como se tem visto ao longo da história do País.

Não está de todo afastada a possibilidade de essa questão da data voltar à tona, a depender da evolução da pandemia (certos setores científicos, inclusive, temem que as preocupações da campanha eleitoral retirem o foco dos prefeitos do combate à pandemia, o que seria desastroso). O mais sábio é estar de espírito aberto para fazer aquilo que for mais correto (numa escala de valores na qual a proteção da vida sempre esteja em primeiro lugar).

Antes de tudo, é hora de reforçar a conscientização do cidadão para a importância do município como o primeiro espaço de sua atuação cidadã e política. Antes, o município era apenas uma peça da engrenagem administrativa territorial, submisso às instâncias governativas mais altas. Entretanto, há 32 anos, a Constituição de 1988 conferiu ao município autonomia de cunho político, administrativo e financeiro para o atendimento dos interesses públicos locais, garantindo, com isso, o exercício de competências privativas que devem ser respeitadas pelos demais entes federativos (União, Estados e Distrito Federal). O município é a base do edifício federativo nacional. É em seu espaço que o cidadão pode ajudar a formular as políticas públicas que vão influenciar os programas federais e estaduais de geração de emprego e renda, justiça social, educação, saúde, qualidade de vida e sustentabilidade ambiental. Isso significa que é onde a qualidade de vida do povo brasileiro começa a ser construída.

A municipalidade é também o poder político mais acessível ao cidadão, pela proximidade, e o que pode ser mais facilmente controlado e fiscalizado por este. Prefeitos e vereadores são geralmente pessoas cujas vidas pregressas são mais conhecidas pelos eleitores locais. E é essa base política que inegavelmente reverbera sobre as eleições de governadores, deputados estaduais, deputados federais, senadores e até de presidente da República. Por isso, é tão importante escolher prefeitos e vereadores de forças políticas compromissadas com o interesse público e a democracia para moldar um País de perfil correspondente ao que se quer na base municipal. 

 

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