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Educação básica: Ceará em destaque nacional
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Educação básica: Ceará em destaque nacional

Tipo Opinião

A performance do ensino público fundamental no Ceará atraiu mais uma vez a atenção nacional. A evolução do aprendizado do 1º ao 5º ano foi quase duas vezes maior que a média do Brasil nos últimos 14 anos. Segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que mede a qualidade do ensino fundamental e do ensino médio, a educação pública do Estado saiu de 2,8, em 2005, para 6,3, em 2019, enquanto o País saltou de 2,1 para 5,7. O município de Mucambo é o município melhor avaliado nesse ranking. Na verdade, 98,9% dos municípios cearenses atingiram a meta. Das 243 redes municipais de ensino no Nordeste com Ideb igual ou superior a 6,0, 131 são do Ceará. Nenhuma rede está abaixo de 3. O município de Mucambo, interior do Ceará, é o município melhor avaliado do País. Tudo isso está no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2019, publicado nesta terça-feira, pelo Ministério da Educação (MEC).

Se o foco descer para a escola, não é menos impressionante o fenômeno registrado no Ceará: 59,4% delas alcançaram 6,0 ou mais; e 33,5% ficaram entre 5,0 e 5,9. Por outro lado, 6,9% ficaram entre 3,9 a 4,8. No todo, das 100 melhores escolas de anos iniciais, 79 são do Ceará.

Não ficou nisso: o Ceará também está entre os estados de melhor ensino fundamental II (do 6º ao 9º ano) da rede pública do Brasil, superando a meta que lhe foi determinada (4,6), acrescentando-lhe 0,6 e se equiparando a meta nacional de 5,2. Em termos de média estadual (cada estado tem um patamar próprio a ser alcançado) o Ceará saiu-se melhor do que São Paulo, cuja meta era de 5,6, mas alcançou apenas 5,2.

A opção de investir na Educação como prioridade indescartável do Estado e as formas de fazer isso da maneira mais eficaz possível têm atraído e tornado referência nacional as estratégias aqui adotadas. Não que elas não tenham ainda muito a evoluir. É que se tenta assumir com mais empenho a constatação de que "nenhum país do mundo se desenvolve sem investir na educação", como acentuou o governador Camilo Santana, ao conhecer os resultados do levantamento do Ideb. Destacam-se aí a articulação entre Estado e municípios para a implementação do Programa de Alfabetização na Idade Certa (Paic), adotado em 2015, também para os anos finais do ensino fundamental, e o repasse de quase 20% dos recursos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) à educação.

Ressalte-se, contudo, que os desafios trazidos pela pandemia exigem mais do que comemoração desses resultados, e convocam a sociedade e o Estado para enfrentamentos mais amplos e decisivos que talvez exijam instrumentos mais adequados, como o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica - Sinaeb, aprovado em 2015, mas ainda não efetivado, para dar maior amplitude, profundidade e precisão à avaliação da educação básica. 

 

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