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Solidariedade em alta
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Editorial opinião

Solidariedade em alta

Sem dúvida, 2020 foi um annus horribilis, atacado por uma pandemia que ainda assusta povos de todos os países, e que já resultou em mais de um milhão de mortos no mundo, com mais de 50 milhões infectados pelo novo coronavírus. No Brasil, a Covid-19 também atacou com violência, deixando um rastro de aproximadamente 190 mil mortos, entre os mais de sete milhões de pessoas atingidas pela doença. Nosso País ainda defrontou-se com uma dificuldade adicional: um presidente da República negacionista, que pouco fez para melhorar o quadro dramático que se apresenta.

No entanto, em meio à tragédia, gestos de solidariedade reafirmaram a crença de que em períodos de crise o ser humano é capaz de resgatar o que tem de melhor de si, mantendo acesa a luz da esperança, que ajuda a iluminar as noites mais tenebrosas.

Durante esse período, principalmente neste último mês do ano que se aproxima do final, diversas publicações neste jornal mostraram o trabalho dessas pessoas, que renovam a fé na humanidade, não importando se a iniciativa é de um cidadão de vida comum, ou de um importante líder religioso, como o papa Francisco.

A reportagem "Fratelli Tutti: convite ao amor que ultrapassa barreiras" (O POVO , 23/12/2020) analisa a encíclica do papa Francisco, na qual o chefe da Igreja Católica conclama a pessoas de todos os credos, em todo o mundo, a exercitarem um amor que ultrapasse barreiras geográficas e espaciais.

A jornalista Regina Ribeiro, autora do texto, convidou pessoas de diferentes religiões a comentarem a encíclica papal, que a entenderam como um passo importante para a abertura de um diálogo profícuo entre os diferentes. O líder rabínico Pablo Schejtman, por exemplo, descreve o documento como "audacioso", que "ultrapassa expectativas e não se limita a palavras, senão que convida à ação".

Na véspera do Natal, repórteres do O POVO contaram a história de pessoas que criaram redes de solidariedade em suas comunidades (edição de 24/12/2020). A reportagem mostra como mulheres de bairros periféricos se uniram para combater a fome e para garantir possibilidade de lazer para os jovens, em tempos de pandemia.

Na mesma data, o programa Debates do Povo, da rádio O POVO/CBN, falou sobre o tema "voluntariado", conversando com pessoas que, ao lado de seus afazeres profissionais, dedicam parte de seu tempo para conviver e ajudar a melhorar a vida dos mais vulneráveis. Segundo dados levantados pela instituição financeira Nubank, em 2020 houve aumento de 295% no número de pessoas que praticaram a filantropia, como voluntários ou fazendo algum tipo de doação.

Dar visibilidade a essas ações contribui para mostrar que, em meio às maiores tribulações, sempre existem homens e mulheres que nos fazem lembrar da verdadeira essência do ser humano: a solidariedade com o próximo. 

 

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