O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O dia 1º de março é uma data marcante para o Ceará. Hoje, o jornal Diário do Nordeste deixa de circular em sua versão impressa. Por quase 40 anos, ele foi nosso principal concorrente e, diferentemente do que muitos podem pensar, seu encerramento não nos alegra. Sempre que um jornal deixa de ser impresso, fecha-se um espaço de debate, e a democracia se enfraquece. E isso é muito mais importante do que uma mera disputa comercial.
Para nós, a imprensa é um farol em qualquer sociedade — sua luz, muitas vezes, guia, revela as sombras e coloca ideias no holofote, onde podem ser testadas. Demarca e, com isso, documenta. Obviamente, ela não se limita ao impresso, e O POVO sabe muito bem disso. Afinal, temos plataformas digitais com audiências crescentes e o maior engajamento entre os veículos cearenses.
Por mais que nos interessemos por esse caminho fascinante, jamais deixaríamos de reconhecer o enorme valor do impresso, uma plataforma fundamental especialmente na formação da opinião pública. Nos últimos dias, muitos têm nos perguntado se seguiremos o caminho do Diário do Nordeste. Para alegria de uns e tristeza de outros tantos, a resposta é "não".
Primeiro porque nunca o papel do jornal foi tão importante: manter de pé a democracia. Manter ativo o espaço cívico, estimular o debate (mesmo que, eventualmente, trazendo à tona argumentos com que o leitor não concorde), furar as bolhas que nos aprisionam na nossa convicção.
"Se jornais como The New York Times, The Washington Post, Le Monde, Folha de S. Paulo ou O POVO continuam existindo, não é pelo desejo de seus editores, diretores ou acionistas, mas pelo de seus leitores. Porque eles, de algum modo, identificaram no jornal um espírito que os anima e os atrai"
Mas não apenas isso. É preciso manter o impresso porque ele tem os seus leitores. E não são leitores quaisquer: são profundamente qualificados, exigentes, críticos e, ao mesmo tempo, fiéis. Pessoas que se acostumaram a compartilhar conosco seu café da manhã, um dos momentos mais prazerosos do dia. Não à toa, vira e mexe, referem-se ao O POVO como o MEU jornal.
Sim, há vínculo forte — o que não quer dizer acrítico. E somos gratos aos NOSSOS leitores por isso. É a crítica diária que nos obriga a melhorar constantemente. Este é o ponto central: o leitor é rei. Ele pode escolher a plataforma que julga mais confortável, no momento que quiser.
Se jornais como The New York Times, The Washington Post, Le Monde, Folha de S. Paulo ou O POVO continuam existindo, não é pelo desejo de seus editores, diretores ou acionistas, mas pelo de seus leitores. Porque eles, de algum modo, identificaram no jornal um espírito que os anima e os atrai.
A esses leitores, aos NOSSOS leitores, nosso mais profundo respeito. Para nós, é um privilégio servi-los. Aqui continuaremos e conosco podem contar. Aos que quiserem se juntar, sejam muito bem-vindos.
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