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O cuidadoso retorno às aulas no Ceará
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Editorial opinião

O cuidadoso retorno às aulas no Ceará

O dia de ontem marcou uma etapa importante da caminhada que temos feito em direção à retomada da normalidade em nossa vida cotidiana. As escolas particulares estão autorizadas a procederem com a volta às aulas presenciais para os alunos do ensino médio, tema que vinha sendo objeto de discussão faz algum tempo com o Governo do Estado, aceitando-se como correta a atitude de prudência que há sido adotada pelas autoridades na perspectiva de se encontrar o momento certo para adotar a medida. Não seria uma decisão fácil, porque, isso precisa estar sempre considerado, é necessário que tudo aconteça reduzindo-se os riscos à vida dos envolvidos, estudantes, professores e demais profissionais afetados pela medida.

O Comitê Estadual de Acompanhamento da Pandemia, que busca mediar o pensamento científico com o que é anseio leigo da sociedade, dá o aval de que precisa o Governo em meio a uma série de recomendações que precisam estar ajustadas nessa volta, para a qual escolas particulares se dizem prontas faz algum tempo. Para que os passos de agora sejam dados com segurança, alertam as autoridades, é preciso que se garanta a possibilidade de um modelo híbrido, oferecendo a possibilidade de acompanhamento das aulas à distância para aqueles cujas famílias não se sintam confortáveis com o retorno agora, além de medidas como a limitação de ocupação das salas em 50% da capacidade, uma prioridade aos espaços abertos, enfim, há de se adotar uma política de cuidados para que o avanço importante de agora não venha a nos levar, daqui a pouco, a mais um frustrante retrocesso.

Um outro aspecto para o qual se tem alertado é quanto às diferentes realidades que existem. O aluno de uma escola periférica, às vezes funcionando longe dos olhos mais atentos de uma fiscalização, merece a mesma atenção garantida para aqueles de grandes instituições localizadas em áreas mais centrais e visíveis das nossas cidades. O fato de ser uma escola maior ou menor não pode ter qualquer influência e as medidas de atenção precisam ser respeitadas em todos os casos. É uma situação que não permite exceções nem privilégios.

A volta às aulas também é uma demanda dos próprios estudantes, lembre-se, diante da importância da convivência social que a escola proporciona no processo de formação das crianças, jovens e adolescentes. É, portanto, um estágio novo da luta contra a pandemia que devemos comemorar como uma vitória de todos, ainda mais se formos capazes de demonstrar disposição para fazer um retorno dentro das condições que o momento excepcional exige, respeitando-se, mesmo no ambiente liberado da escola, regras de distanciamento que não foram suspensas, evitando aglomerações desnecessárias e sem perder de vista que a batalha contra o vírus ainda não foi vencida. É apenas uma etapa importante que está sendo superada. n

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