O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
Hoje, três de maio, é o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, instituído pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidos (ONU) no ano de 1993. A data celebra o direito à liberdade dos jornalistas em investigar e divulgar de forma imparcial e independente informações de interesse público.
Para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o três de maio é um aviso aos governos sobre a necessidade de respeitar o compromisso com a liberdade de imprensa. Também é dia de reflexão para os jornalistas sobre a defesa de uma mídia independente e do respeito à ética profissional. Ao mesmo tempo, a data honra a memória dos jornalistas que perderam a vida no exercício de seu trabalho.
Todos os anos a Unesco define um tema para a data. Para este, o assunto escolhido foi "Jornalismo sob cerco digital: a era digital e o impacto na liberdade de expressão na segurança dos jornalistas, no acesso à informação e na privacidade". Os temas serão debatidos na conferência global do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que começou ontem e segue até cinco de maio. Sob a organização da Unesco, o evento está sendo realizado em Punta del Este, no Uruguai. Em pauta, temas como o impacto da desinformação na sociedade (disseminação das "fake news"), o papel das plataformas digitais na internet e, ainda, assuntos relativos à segurança dos profissionais de imprensa.
Audrey Azoulay, diretora-geral da Unesco, deu o tom que deverá guiar os debates: "Todos devemos fazer mais para enfrentar os riscos e aproveitar as oportunidades da era digital. Neste Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, convido os Estados membros, empresas de tecnologia, a comunidade de mídia, bem como o resto da sociedade civil a se unirem para desenvolver uma nova configuração digital, que proteja tanto o jornalismo quanto os jornalistas".
O debate sobre a segurança de jornalistas é dos mais importantes, pois os ataques contra os profissionais vêm aumentando. São perseguições digitais, agressões verbais e físicas e assassinatos. Quanto ao assédio digital e agressões verbais, as principais vítimas são jornalistas mulheres.
Ao mesmo tempo, não se pode tolerar que o termo "liberdade de expressão" seja usado para justificar ameaças à integridade física e à vida de qualquer pessoa, ou para atacar os fundamentos da democracia, propondo a sua destruição, como se observa atualmente no Brasil.
O que pode ocorrer de pior para a liberdade de imprensa e o direito de qualquer cidadão expressar-se livremente é justamente a demolição do sistema democrático. O fim da democracia representaria o cancelamento de qualquer direito à liberdade e à existência de uma imprensa livre e independente. n
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