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Ipespe mostra três candidaturas fortes
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Ipespe mostra três candidaturas fortes

O resumo da pesquisa do Ipespe, contratada por este jornal, a respeito da disputa pelos cargos majoritários no Ceará pode ser visto no título da análise que o editor de Opinião, Guálter George, publicou na sua coluna: "Como ponto de partida bom para todos", pois saíram-se bem os principais concorrentes ao Executivo estadual, cada um à sua maneira. O deputado federal Capitão Wagner (UB) aparece à frente com 38% das intenções de votos, a seguir vem o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), com 28% e, em terceiro lugar, o deputado estadual Elmano de Freitas (PT), marcando 13%.

A situação parece mais confortável para Wagner, pois o bloco ao qual ele faz oposição, PT/PDT, rachou, apresentando candidaturas separadas. Seria mais difícil para ele enfrentar as duas poderosas forças políticas que, até recentemente, governavam o Ceará, atuando conjuntamente, com um candidato único ao governo. Portanto, Wagner sai favorecido com a divisão.

Roberto Cláudio, por sua vez, aparece com um percentual respeitável de votos, podendo ainda alegar que Wagner está na campanha há muito tempo, enquanto ele está começando a se apresentar como candidato. Já Elmano conseguiu um patamar de dois dígitos na largada, e pode ter a perspectiva de crescimento nas intenções de voto, quando disseminar-se a informação que ele é apoiado pelo ex-governador Camilo Santana (PT) — que tem alta popularidade entre os cearenses — e, ainda, ao apresentar-se como "candidato do Lula", com a conhecida capacidade de transferência de voto do ex-presidente.

A má notícia para os dois candidatos oriundos da antiga aliança PT/PDT é que, tudo indica, Wagner estará no segundo turno, restando a eles a disputa pela outra vaga. Essa possibilidade cria dificuldade adicional para as campanhas, pois os ataques mútuos podem deixar o espaço livre para Wagner apresentar-se como um conciliador. Por isso, Roberto Cláudio e Elmano terão calibrar os ataques para deixar aberta a possibilidade de uma composição no segundo turno. Quanto ao candidato da UB, a sua maior dificuldade será lidar com o pecha de "candidato de Bolsonaro", apesar das providências que ele vem tomando para elidir o apoio do presidente à sua candidatura, em um estado em que os eleitores majoritariamente apoiam Lula.

Quanto ao Senado, o ex-governador Camilo Santana (PT) parece navegar em um mar de tranquilidade, possivelmente resultado do índice de 78% de aprovação que sua administração obteve quando deixou o governo. Na pesquisa espontânea (sem apresentação de nomes) ele aparece com 37% das intenções de voto e nenhum outro candidato pontua. Na pesquisa estimulada, na qual são apresentados nomes dos concorrentes, o percentual de intenção de votos em Camilo fica entre 66% e 68%, com os outros candidatos pontuando entre 1% e 5%.

Agora é observar como cada candidato reagirá ao resultado da pesquisa, o que será acompanhado de perto por este jornal. n

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