O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
Uma reflexão sobre os tristes e vergonhosos acontecimentos da tarde do último domingo no Castelão exige de nós que aceitemos como responsabilidade coletiva a incapacidade que temos tido de punir os responsáveis pelos episódios de violência e de vandalismo que se sucedem. Não é o primeiro episódio em que fica demonstrada a perda de controle da situação, expondo a uma situação de risco milhares de pessoas que se deslocam para aquela praça de esportes movidos apenas pelo amor ao clube de coração. Precisamos implantar um modelo de organização de evento que seja capaz de separar estes dos que ali estão apenas para implantar o caos.
É inaceitável o registro dramático daquelas imagens de famílias inteiras correndo desesperadas, quase sem rumo, idosos, mulheres e crianças na grande parte, como resultado de uma ação inicial violenta de um grupo de pessoas que não dá para chamar de torcedoras. De outra parte, trata-se de um problema já conhecido o suficiente, observando-se a recorrência, para que os responsáveis por combatê-lo, no âmbito das forças policiais, evitem adotar atitudes de confronto que somente conseguem aumentar o pânico e a desordem. Foi o que aconteceu neste episódio que determinou o encerramento antes do tempo regulamentar previsto da partida entre Ceará e Cuiabá.
As autoridades de segurança pública, os dirigentes esportivos e dos próprios clubes, talvez até os atletas, enfim, todos que de alguma forma tenham responsabilidade com a organização do espetáculo precisam agora agir, o que envolve também a necessidade de proteger o público ordeiro que ali está para o sadio direito de cumprir o papel de torcedor. De maneira objetiva, responsável e firme, oferecendo à sociedade uma resposta que contemple o reparo ao que já aconteceu no episódio específico, nos planos material, policial e legal, mas, além disso, também olhando para a frente e apontando disposição de implantar as mudanças que se fizerem necessárias para oferecer segurança de verdade a quem permanecer disposto a continuar frequentando os estádios de futebol.
É inaceitável que as coisas aconteçam de uma partida para outra, medidas paliativas e insuficientes sejam anunciadas e adotadas sem que, de verdade, nada mude. O momento especial que vive nosso futebol, com Ceará e Fortaleza - seus principais clubes - na elite nacional, não pode continuar sendo arranhado pela ação criminosa de uma minoria que faz uso da balbúrdia para tentar se impor. A hora do basta chegou e pede uma união de todas as forças do bem interessadas em separar o joio do trigo, permitindo que a parte boa e sadia siga prevalecendo e organizando festas esportivas que nos orgulham diante do País e, hoje, até do mundo. n
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