O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
Despertar para a conscientização contra o racismo, entendendo a realidade histórica e suas ligações com a contemporaneidade. Esse deve ser um dos pilares do Dia da Consciência Negra, celebrado neste domingo, 20 de novembro. A data é um chamamento para se impor contra a indiferença, além de pôr luz nos problemas e nas complexidades que a causa demanda.
São questões que atingem toda a sociedade, visto que é preciso debater o racismo em todos os meios, contribuindo para que seja um assunto dentro da escola, sobre o qual seja discutido nas salas de aula. É necessário que crianças e adolescentes desde cedo entendam a importância de combater a discriminação. Isso terá reflexos na consciência crítica de cada indivíduo, fazendo-o compreender que a violência, o preconceito e a desigualdade social são assuntos que interessam
a todos nós.
A propósito, as Edições Demócrito Rocha lançam, neste domingo, o e-book "Caminhos possíveis para a equidade racial", desenvolvido pelo Comitê de Equidade Racial da Fundação Demócrito Rocha (FDR). A cerimônia ocorre dentro da programação da Bienal Internacional do Livro do Ceará, no Centro de Eventos, a partir das 14 horas. Com organização de Lia Leite e Rachel Quintiliano, o objetivo da obra é propor reflexões acerca de uma sociedade mais ética e equânime. Dez autores, militantes especialistas, assinam o e-book. São eles: Ana Paula Brandão, Dércio Braúna, Germana Cristina Chagas Moura, Hilário Ferreira, Karina Moraes, Kelson Oliveira, Patrício Carneiro Araújo, Rachel Quintiliano e Rebeca Azevedo da Silva.
A falta de igualdade em diversas instâncias - na política, nos meios de comunicação e no mercado de trabalho em geral - é um aspecto do racismo estrutural, que, internalizado na sociedade, precisa ser enfrentado por todos. Aumentar a representatividade nos ambientes da sociedade é uma forma de fortalecer o movimento negro ao mesmo tempo em que inclui a população negra, suas reivindicações e suas lutas. Não é um grupo à parte. É um grupo de luta histórica e intensa, que deve necessariamente compor as comunidades do Brasil, agregando suas demandas e suas reflexões.
A data, portanto, é fundamental para revelar desigualdades que, por vezes, ficam veladas, além de chamar atenção para a violência contra a população negra, infelizmente ainda tão presente na conjuntura. Mesmo após tantas décadas desde a abolição da escravatura, o tema ainda causa graves implicações no Brasil principalmente, um país miscigenado, heterogêneo
e diverso. n
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