O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, entraram ontem, no fim da tarde, com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pedindo a anulação de votos depositados em cinco modelos de urnas, no segundo turno das eleições presidenciais. Segundo a representação teria havido "desconformidades irreparáveis de mau funcionamento" nesses modelos, somando cerca de 300 mil urnas. Por essa conta esdrúxula, Bolsonaro ficaria com 51% dos votos. Lembrando que ninguém, nem qualquer instituição, incluindo as Forças Armadas, conseguiram apontar falhas nas urnas eletrônicas.
A reação do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, foi imediata. Apontou que as urnas eletrônicas anotadas na petição foram também utilizadas no primeiro turno. "Assim, sob pena de indeferimento da inicial, deve a autora aditar a petição inicial para que o pedido abranja ambos os turnos das eleições, no prazo de 24 horas", determinou o ministro. Assim, para que a ação prossiga, terá, obrigatoriamente, de abranger os dois turnos, o que atingiria também deputados, senadores e governadores eleitos.
É óbvio que os advogados que assinam o pedido — e os propositores Bolsonaro e Costa Neto — não são ineptos ao ponto de imaginar que poderiam pedir a anulação das urnas apenas para o segundo turno. Entretanto, o objetivo dessa ação não é apontar fraude, que a propósito não existiu, mas continuar bagunçando o processo de transição e a posse do governo eleito, com Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência.
Assim, faz mais sentido agora o áudio do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, que começou a circular na segunda-feira, no qual, dirigindo-se a líderes do agronegócio, ele diz ter conversado com o presidente Jair Bolsonaro, e afirma que estaria "acontecendo um movimento muito forte nas casernas, eu acho que é questão de horas, dias, no máximo semana ou duas (...) que vai acontecer um desenlace forte na nação".
Ao mesmo tempo é visível que as manifestações golpistas promovidas por eleitores inconformados do derrotado Bolsonaro, tornam-se cada vez mais violentas. No estado de Mato Grosso, homens encapuzados e armados, invadiram uma praça de pedágio, depredaram o local, atiraram em uma viatura e atearam fogo em um caminhão e em uma ambulância. Motoristas que insistem no direito de ir e vir nas rodovias bloqueadas têm suas carretas de mercadoria saqueadas e incendiadas
Portanto, o que está acontecendo é um movimento em pinça, que apela para a Justiça, utilizando petições desqualificadas, mas que fornecem combustível para que os golpistas continuem mobilizados e assustando a população com suas barbaridades.
O objetivo é provocar tumulto ainda maior, visando um "desenlace mais forte", uma tentativa de golpe, portanto. Por isso, é preciso reação contundente dos mecanismos democráticos para impedir essa marcha da insensatez.
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