Logo O POVO+
O Censo é um dever de todos
Foto de Editorial
clique para exibir bio do colunista

O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública

Editorial opinião

O Censo é um dever de todos

Como se trata de um trabalho longo, o Censo de 2022, iniciado em agosto do ano passado, segue em andamento, buscando saber o tamanho da população brasileira e sua distribuição territorial, as condições gerais de vida, o nível de escolaridade, saúde, emprego e renda, além de uma série de outros aspectos essenciais
Tipo Opinião

É inegável a relevância do Censo Demográfico para o Brasil. Através dele e dos mais diversos dados coletados, é possível determinar o cenário fiel e amplo do País, permitindo o desenvolvimento atualizado e certeiro da implementação de políticas públicas e investimentos, governamentais e privados, fundamentais para a sociedade em todas as esferas.

Como se trata de um trabalho longo, o Censo de 2022, iniciado em agosto do ano passado, segue em andamento, buscando saber o tamanho da população brasileira e sua distribuição territorial, as condições gerais de vida, o nível de escolaridade, saúde, emprego e renda, além de uma série de outros aspectos essenciais.

Para se ter uma ideia do tamanho da estrutura e do trabalho, são mais de 200 mil pessoas contratadas por período certo para as coletas de informações, apoio logístico, supervisão e apuração dos resultados, com previsão de visitas em mais de 75 milhões de domicílios em um Brasil com mais de 215 milhões de habitantes.

No mês passado, inclusive, a etapa de apuração foi implementada e nela está prevista o retorno dos recenseadores - e supervisores - aos domicílios onde os moradores se recusaram a responder ao questionário ou estavam ausentes na primeira fase. O objetivo é simples: conseguir falar com o maior número possível de pessoas, o que dará mais exatidão aos dados.

Não é por acaso que o IBGE deixa evidente a luta para reduzir a resistência de milhares de pessoas em receber os profissionais. É uma mistura de medo de golpe, insegurança, falta de tempo, descaso e avanço do negacionismo que acaba por fazer muita gente relativizar o trabalho, diminuindo a taxa de respostas.

Em Fortaleza, na semana que passou o instituto esteve no Parque do Cocó justamente para sensibilizar moradores de condomínios. De acordo com informações do próprio IBGE, a cidade mostrava até meados do mês corrente uma taxa de 3.5% de moradores que se recusaram a responder ao Censo, além de 4% de domicílios onde foram registradas ausências, após as cinco visitas obrigatórias do recenseador. Os índices são cerca do dobro do registrado no Ceará, que tem 1,8% de recusas e 1,9% de ausências, deixando evidente como os grandes centros revelam dificuldades maiores para a pesquisa.

Assim, é fundamental que a sociedade se envolva também na luta para que se alcance o máximo possível de respostas. Uma população que consegue conhecer a si própria ganha poder para executar, de forma eficaz e duradoura, tanto as ações urgentes e mais imediatas, como executar um planejamento para o futuro, com segurança, conhecimento e responsabilidade. n

 

Foto do Editorial

Ôpa! Tenho mais informações pra você. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?