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Alta estação: expectativas internas e externas
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Alta estação: expectativas internas e externas

O período de alta estação do meio do ano começou com bons prognósticos. A Secretaria do Turismo do Ceará (Setur) divulgou na última sexta-feira a expectativa de atração de 300 mil turistas. O número representaria um crescimento de 6,6% em relação ao ano passado dentro das previsões feitas pela pasta, mas é inferior ao apresentado em 2022, segundo os cálculos do Observatório do Turismo de Fortaleza.

Conforme o Observatório, vinculado à Secretaria Municipal de Turismo, aproximadamente 400 mil visitantes passaram por Fortaleza em 2022, injetando cerca de R$ 1,5 bilhão na economia local. Independentemente de quem acertou o cálculo, o fato é que o Ceará vem se mantendo como um destino importante dentro do País.

O retorno de rotas aéreas nacionais e internacionais é apontado como um fator importante para os fluxos dentro do País. Nesse ponto há conquistas locais, como o voo internacional Fortaleza-Buenos Aires, com duas frequências semanais. O Aeroporto de Jericoacoara também vem se consolidando como um importante portão de entrada para o Ceará: devido à elevação das demandas, a Latam ampliou o número de voos de 5 para 7, com rotas de São Paulo direto para a cidade de Jijoca de Jericoacoara.

A manutenção de um trabalho de divulgação dentro e fora do Brasil também precisa ser reconhecida: governo e iniciativa privada têm conseguido estabelecer um calendário de participação em feiras e estimular a criação de fluxos de visitantes. Certamente, devido às ações nestas áreas, o Ceará permanece na liderança dos destinos nacionais em plataformas como a Decolar.

Apesar disso, ainda há muito por fazer: um bom destino turístico não pode ser pensado apenas do ponto de vista da quantidade de pessoas que ele atrai. Esse conceito precisa evoluir, incluindo indicadores como a qualidade de vida dos seus moradores.

No início de 2023, um estudo da Bloom Consulting Brasil City Brand Ranking indicou Fortaleza como a quarta melhor cidade do País para se investir, a quinta para visitar e a sexta para se viver. O destaque da capital cearense é atribuído a vários fatores, entre os quais, obras realizadas em infraestrutura, como a nova avenida Beira Mar.

O estudo avaliou 100 cidades brasileiras. Conforme o ranking, Fortaleza passou a ocupar, dentro da região Nordeste, a primeira colocação para se investir e a segunda para se viver e visitar. Uma das constatações que podemos tirar desse trabalho é a seguinte: os fatores geradores de boas avaliações externas são também relevantes para avaliações internas.

O papel dos governos é posto como primordial para a melhora da qualidade de vida das pessoas e para a manutenção e a ampliação dos fluxos de visitantes. Embora haja um reconhecimento sobre o valor das iniciativas privadas, Estado, Prefeitura e Governo Federal apresentam um papel determinante como impulsionador do desenvolvimento.

Ou seja: não bastam apenas os trabalhos de divulgação e novas rotas aéreas. São necessárias ações contínuas e mais consistentes nas áreas de infraestrutura, incluindo segurança, limpeza e meio ambiente. É a partir de ações como essas que Fortaleza terá um destaque mais efetivo na área do turismo. n

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