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Cai percentual de homicídios
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Editorial opinião

Cai percentual de homicídios

Apesar de o número absoluto de homicídios verificados no Estado e na capital cearense ainda se apresentarem inaceitavelmente altos, Fortaleza apresentou queda de 28,4% nas mortes violentas, com redução de 7% em todo o Ceará, comparando-se o primeiro semestre deste ano com o mesmo período de 2022. No entanto, a Região Metropolitana de Fortaleza, formada por 19 municípios, registrou aumento de 11,5% nos assassinatos. Estão incluídos na contagem casos de homicídio, lesão corporal seguida de morte, latrocínio e feminicídio, classificados como crimes violentos letais e intencionais (CVLI).

Os dados foram divulgados pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), com o titular da pasta, Samuel Elênio, atribuindo o resultado favorável à ação integrada das forças de segurança e ao trabalho de inteligência desenvolvido pelas polícias. Como exemplo, ele citou o mapeamento de locais com mais ocorrência criminais, nos quais foram realizadas atividades preventivas, de reforço da segurança, para evitar situações de violência. Segundo a SSPDS, foi o melhor semestre, em Fortaleza, da série histórica que vem desde 2009.

Apesar de o percentual de queda dos CVLI em Fortaleza se mostrar significativo, os números absolutos continuam desafiando as autoridades a encontrarem uma política mais eficaz para combater o crime. No primeiro semestre de 2022 aconteceram 451 mortes violentas em Fortaleza, número que se reduziu para 323 no mesmo período deste ano, com 128 assassinatos a menos. Em todo o Estado, o número caiu de 1.481 para 1.377 homicídios.

Conforme noticiou este jornal, na edição de ontem, o secretário da Segurança também comentou a redução de mortes de mulheres dizendo haver "significativa redução de feminicídios desde 2019". No entanto, a SSPDS registra as vítimas pelo sexo, sem especificar os casos de feminicídio, quando o assassinato é resultante de violência doméstica ou discriminação de gênero. Estabelecer essa diferença ajudaria no combate à violência contra a mulher, de modo a melhor direcionar os programas de proteção.

Na mesma entrevista, o secretário Samuel Elânio anunciou que até o fim do ano os policiais militares estarão trabalhando com câmeras corporais nas fardas, capazes de filmar todas as suas ações. Essa é uma medida muito positiva, pois as câmeras contribuem para reduzir a violência policial e, por outra vista, protegem os agentes de falsas acusações. No estado de São Paulo, por exemplo, as mortes cometidas por PMs em serviço caíram 39% em 2022 em relação ao ano anterior, o menor patamar desde 2001.

A segurança pública, há tempos, é um desafio para os governos estaduais e, até agora, as políticas para reduzir efetivamente a violência têm surtido pouco efeito. Se os programas ora implementados vem apresentando bons resultados, que se persista neles. n

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