Logo O POVO+
Outubro Rosa: um convite à prevenção
Foto de Editorial
clique para exibir bio do colunista

O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública

Editorial opinião

Outubro Rosa: um convite à prevenção

O mês de outubro começa e a mobilização em torno da campanha que chama atenção para o câncer de mama se intensifica. É interessante que se aproveite o mês para reforçar os cuidados que mulheres e homens precisam ter a fim de prevenir a doença e, se for o caso, fazer o diagnóstico de forma precoce. É para isso que existe o Outubro Rosa, um mês de conscientização que deve produzir ações para todo o restante do ano.

Criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, o movimento anual ocorre a partir da promoção de atividades preventivas, compartilhamento de informações, maior conscientização acerca dos serviços disponíveis e contribuição para a redução da mortalidade por causa da doença.

No Brasil, a Lei nº 13.733, no ano de 2018, instituiu outubro como o mês de conscientização sobre o câncer de mama - Outubro Rosa. Assim, nesse período, devem ser desenvolvidas atividades como: iluminação de prédios públicos com luzes de cor rosa; promoção de palestras, eventos e atividades educativas; veiculação de campanhas de mídia e disponibilização à população de informações em banners, em fôlderes e em outros materiais ilustrativos e exemplificativos sobre a prevenção ao câncer, que contemplem a generalidade do tema; entre outras.

O laço rosa, símbolo do movimento, é usado por muitos neste mês - sejam profissionais da Saúde, sejam pacientes e familiares, seja a sociedade em geral visando chamar a atenção para o tema. É uma simbologia aparentemente simples, mas que desperta no outro a lembrança para algo que pode ajudar a várias pessoas.

Além de todo o debate gerado ao redor do assunto e a produção de materiais e demais recursos educativos para a disseminação de informações, é preciso que sejam reforçadas as cobranças ao poder público para o acesso à saúde de forma digna e ampla. A agilidade na marcação das consultas com ginecologistas e mastologistas, por exemplo, um período menor de espera entre as consultas, a oferta de exames (como a mamografia) de forma mais rápida e a realização de cirurgias com agendamento mais acelerado são algumas das maneiras de os governos mostrarem sua atenção e cuidado em relação ao tema.

É louvável que as discussões aconteçam, também promovidas pelos entes públicos, mas é eficaz que isso produza efeitos concretos, a serem sentidos pela população. Muitos dos direitos dos pacientes são desconhecidos pela maioria, como a obrigatoriedade de a rede pública iniciar o tratamento de um paciente com câncer em até 60 dias após o diagnóstico e, caso exista uma suspeita, o Sistema Único de Saúde (SUS) deve realizar exames na paciente em até 30 dias.

Prevenir é a melhor forma de combater o avanço da doença e a mortalidade decorrente. E o maior acesso aos serviços de saúde é ação fundamental para que o câncer de mama tenha seus efeitos amainados. n

Foto do Editorial

Ôpa! Tenho mais informações pra você. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?