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Editorial: SOS Gaza!
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Editorial: SOS Gaza!

A pressão dos países tem a finalidade de fazer com que Israel acelere o ritmo da entrada de suprimentos na região. Na semana que passou, a ONU informou à BBC que 14 mil bebês poderiam morrer em 48 horas se o território não recebesse ajuda de forma imediata

São devastadoras as notícias e as imagens que fazem parte do noticiário dos últimos dias expondo o agravamento do quadro caótico e trágico que atinge Gaza e, principalmente, a população infantil. A crise humanitária em Gaza se agravou profundamente nas últimas semanas e tem provocado preocupação na comunidade internacional. A pressão dos países tem a finalidade de fazer com que Israel acelere o ritmo da entrada de suprimentos na região. Na semana que passou, a ONU informou à BBC que 14 mil bebês poderiam morrer em 48 horas se o território não recebesse ajuda de forma imediata.

Não há dúvidas de que se trata de uma crise humanitária e de que é urgente que o mundo faça força para focar intensamente no problema e elevar a pressão sobre o governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a fim de que permita a assistência à população civil - em especial às crianças. Israel bloqueou completamente a entrada de ajuda humanitária em Gaza há cerca de 11 semanas. Nenhum alimento, combustível ou remédio estava sendo autorizado a entrar em Gaza desde o começo do mês de março. Essa situação é descrita pela ONU como um "preço desastroso" a ser pago pela população palestina.

O país disse ter liberado envio de alimentos aos palestinos a partir da semana passada. No entanto, a ONU e ONGs que atuam no território afirmaram que os suprimentos que entraram têm sido insuficientes. O risco de morte de mais crianças é evidente e vergonhoso para todo o mundo se não houver uma mobilização forte para rever o bloqueio da entrada de ajuda humanitária, determinado por Israel, na região palestina.

Benjamin Netanyahu declarou que a decisão de permitir a entrada de uma quantia "mínima" de ajuda, depois de tanto tempo de bloqueio a Gaza, foi consequência da pressão de aliados. Acrescentou que os "maiores amigos de Israel no mundo" expressaram preocupação com "imagens de fome em massa".

Segundo o governo de Israel, o bloqueio objetiva pressionar o grupo terrorista Hamas, que mantém 58 reféns. Acredita-se que até 23 deles estejam vivos. E acusa o Hamas de roubar ajuda humanitária, o que o grupo nega. No meio desse catastrófico imbróglio, a população está morrendo e passando por situações de extrema necessidade.

No meio disso, os palestinos já temem mais a fome do que as bombas israelenses que caem em Gaza. A ONU registrou, na semana que passou, crianças na Cidade de Gaza, no norte do território, esperando por horas em longas filas para conseguir comida. As imagens são deploráveis.

É preciso que mais caminhões com suprimentos sejam liberados para cruzar a fronteira da Faixa de Gaza e levar o mínimo de dignidade à população que sofre com esse horror. O que foi liberado, por ora, está longe de ser suficiente para a necessidade em que o povo está.

O mundo e os governos precisam se unir, neste momento crítico, para impedir que mais bloqueios ocorram, por deliberação de Israel, e que o povo seja alimentado e cuidado. É a mínima sensibilidade que se espera diante de um cenário de caos que é vivido em Gaza. 

 

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