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Educação no trânsito para reduzir acidentes
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Editorial opinião

Educação no trânsito para reduzir acidentes

Neste mês, a AMC organizou programação em referência ao Maio Amarelo, campanha mundial de conscientização para a segurança no trânsito

De acordo com dados do Instituto Dr. José Frota (IJF) houve redução de 13% nas colisões envolvendo veículos, entre janeiro e abril deste ano, em comparação com o mesmo período de 2024. O IJF, maior hospital de trauma do Ceará, administrado pela Prefeitura de Fortaleza, atendeu 3.503 pessoas vítimas de colisão nos quatro primeiros meses de 2025, ante 4.034 casos no mesmo interregno do ano passado.

Os acidentes com motocicletas somaram 2.275 colisões nos primeiros quatro meses deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, com 2.803 acidentes, queda de 19%. Mesmo com a expressiva redução percentual, a quantidade de acidentes continua em patamar extremamente elevado.

Levantamento referente a todo ano de 2024 revela que 184 pessoas perderam a vida nas ruas e avenidas da capital, aumento de 17% em relação a 2023, quando foram contabilizadas 157 mortes. Os motociclistas sempre apareceram como as principais vítimas, representando 55% das mortes no trânsito no ano passado. Em seguida vêm os pedestres (32%) e os ciclistas (8%). A maioria dos atingidos são jovens trabalhadores do sexo masculino.

Os motivos que levam a esse número inaceitável de acidentes e mortes são múltiplos. Entre eles, o excesso de velocidade; imprudência e desrespeito às leis de trânsito; más condições das vias urbanas e sinalizações precárias.

A situação agravou-se a partir do uso das motocicletas para atender a aplicativos de entregas e da utilização para transporte de passageiros. A pressão por produtividade incentiva os trabalhadores a circularem com velocidade excessiva, pilotando seus veículos de forma agressiva, pondo a própria vida e de terceiros em risco.

Em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) trava uma luta na Justiça para impedir o transporte de passageiros em veículos de duas rodas. Nunes argumenta que a liberação do serviço de mototáxi colocará em risco a vida dos passageiros, fazendo aumentar o número de mortes no trânsito. A ver por quanto tempo ele conseguirá barrar o serviço, regulamentado em muitas cidades brasileiras.

Em Fortaleza, para reduzir os acidentes de trânsito, a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) investe em educação, uma forma eficaz de tornar a condução mais segura. Neste mês, a AMC organizou programação em referência ao Maio Amarelo, campanha mundial de conscientização para a segurança no trânsito.

O tema escolhido "Desacelere: seu bem maior é a vida", alerta motoristas e motociclistas sobre os perigos do excesso de velocidade, uma das principais causas de acidentes nas vias urbanas. Na programação, a AMC foi até o IJF para falar diretamente com vítimas de acidentes, que estão em tratamento. Durante a visita, educadores da AMC reforçaram que a segurança no trânsito depende não apenas dos órgãos públicos, mas precisa também da colaboração de toda a sociedade.

 

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