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Por mais zelo ao patrimônio público de Fortaleza
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Editorial opinião

Por mais zelo ao patrimônio público de Fortaleza

Acumulam-se queixas relacionadas à preservação do patrimônio de Fortaleza, com exemplos repetidos de depredação. Nos últimos dias, O POVO publicou matérias sobre alguns desses casos. É preciso acompanhar a situação de cada bem da Cidade, em respeito e atenção ao patrimônio que é público.

Um desses casos foi o da estátua de General Sampaio, furtada na capital cearense e nunca recolocada. Importante combatente das forças do Exército Brasileiro (EB), o general, por seu destaque em batalha, foi homenageado com uma estátua em um pedestal, na praça do 23º Batalhão de Caçadores do Exército (BC), no Bairro de Fátima.

Devido ao seu destaque em campanhas militares, o tamborilense Antônio de Sampaio, mais conhecido como General Sampaio, teve seu nome incluído no livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, em 2009. Daí, percebe-se o reconhecimento de seu trabalho. A estátua de cobre em sua homenagem, material que, à época, era considerada muito valioso, foi implantada entre os anos de 1987 e 1988. Foi furtada há cerca de 15 anos. Até os dias atuais, nenhum monumento foi recolocado no lugar.

No bairro Presidente Kennedy, está em más condições a pracinha do Parque Rachel de Queiroz. Os brinquedos estão deteriorados, com o risco de causar acidentes às crianças. Carentes de reparos, alguns estão com as correntes arrebentadas e com parte do escorregador afundada. Na visita do O POVO ao local, havia muitas poças de lama. Usuários do local também reclamaram que a gangorra estava solta e havia partes faltantes no escorregador, podendo ocasionar acidente para os frequentadores.

Outro ponto de atenção é a escultura "La Femme Bateau", danificada um ano após voltar à Praia de Iracema. A obra do artesão cearense Sérvulo Esmeraldo está com o leme danificado e com movimento comprometido. A escultura cinética é feita em fibra de vidro e aço inox. A "cabeleira", a parte que simula a fumaça de um barco, não muda de posição independentemente do ângulo em que é avistada na orla. Em 2018, a obra foi levada pelo mar durante uma ressaca. Ficou prejudicada, mas não chegou a quebrar. A reinstalação da escultura foi feita em 24 de junho de 2024.

Esses são alguns casos apurados recentemente pelo O POVO que dão uma mostra, pequena, mas significativa, do quanto o patrimônio público precisa ser respeitado. Isso significa ter uma vigilância para evitar depredação e outras avarias. É uma situação que exige educação da sociedade a fim de entender que as obras e os espaços são de todos e, assim, precisam ser cuidados. Além disso, é uma obrigação dos governos - independentemente das gestões - de zelar pelos bens.

É comum realizar grandes eventos quando há inaugurações ou reaberturas de monumentos e demais espaços públicos. Louvam-se os governos pela iniciativa, o que é aceitável diante da ação. Não pode, porém, parar ali. É necessário que esses locais sejam cuidados. Senão, além do desperdício de dinheiro público, há o desrespeito à população e aos envolvidos - o que é imensurável. n

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