
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O que O POVO pensa sobre os principais assuntos da agenda pública
O momento delicado da conjuntura internacional exige uma ampla reflexão e um esforço da comunidade internacional para que o diálogo seja recuperado como caminho adequado para superação das crises que movem a geopolítica global. A opção bélica precisa voltar ao seu caráter extremo, utilizável por países e governos apenas depois de esgotadas todas as possibilidades que priorizem a paz.
O Grupo de Comunicação O POVO lamenta que um conjunto de equívocos tenha nos trazido à quadra atual de instabilidade e medo. É um fracasso do mundo civilizado que se arraste por tanto tempo o cenário de aflições diárias do Oriente Médio, desde quando se registrou aquela injustificável ação violenta protagonizada pelo terrorismo do Hamas em 7 de outubro de 2023, invadindo o território de Israel, sequestrando, matando, atirando a esmo contra homens, mulheres, jovens, crianças e quem mais surgisse à frente. Um horror!
É intolerável que a comunidade internacional aceite de maneira passiva a resposta do governo de Benjamin Netanyahu, na qual a via militar prevalece quase todo o tempo. Sem espaço para negociação e a um custo muito alto, no aspecto econômico ou quanto às consequências diretas que recaem sobre a população civil.
Com capítulo especial para o que se dá na Faixa de Gaza, na Palestina, com a destruição física de áreas importantes do seu território e dezenas de milhares de mortes oficialmente contabilizadas, incluindo inocentes crianças que tombam atingidas por uma violência que contexto político nenhum será capaz de justificar.
Infelizmente, em desdobramentos que nos deveriam envergonhar mais ainda, a mesma demonstração de pouco apreço às vidas humanas é registrada em cidades de Israel e, mais recentemente, na capital iraniana, Teerã, em todos os casos tendo cidadãos e cidadãs comuns como alvos. Direta ou indiretamente.
Onde estão, afinal, os organismos multilaterais que deveriam atuar para conter essa escalada da violência? A mais emblemática delas, Organização das Nações Unidas (ONU), lamentavelmente, acabou transformada em instância esvaziada pelos fatos insanos dos últimos meses, semanas e dias e já não apresenta mais perspectiva de levar à reversão de um quadro de predominância absoluta do poderio militar e bélico, do qual resulta uma estatística macabra de mortes e de prejuízos materiais incalculáveis. Para todos os lados envolvidos, em proporções diferentes.
Em meio aos últimos desdobramentos desse quadro sangrento que sacrifica a liberdade de muitos e custa a vida de outros tantos, vale lançar luzes sobre o que disse o papa Leão XIV, em seu chamamento mais recente. Um grito pela paz, disse o pontífice, demanda responsabilidade e razão e não deve, por isso, ser ofuscado pelo ruído bélico ou pelos discursos que estimulam o conflito e a guerra
De fato, é preciso que se dê uma chance à busca da paz possível, capaz de restabelecer um ambiente de civilidade nas relações entre os povos e os países. A via da diplomacia precisa ser recuperada, buscando-se a superação das diferenças pelo saudável caminho do diálogo, pois nunca é tarde para abrir espaço a uma conversa que tenha no seu sentido o objetivo nobre de pôr fim a uma guerra. n
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